28 Apr 2015

Oração de sapiência

Na passada quarta-feira, 22 de abril, visitei pela quarta vez o meu amigo José Sócrates, preso há cinco meses sem culpa formada e sem ter sido julgado.
José Sócrates foi vários anos primeiro-ministro, tendo sido um excelente dirigente, que tanto fez por Portugal durante um período de crise económica e social da União Europeia.
Demitiu-se em 23 de março de 2011, em virtude de os partidos se terem coligado contra o Partido Socialista. Veem-se hoje as consequências...
A partir de então, Sócrates fixou-se em Paris, onde fez um mestrado e publicou um livro intitulado A Confiança no Mundo, sobre a tortura em democracia. Livro que foi apresentado em Portugal, no Museu da Eletricidade, com imenso sucesso, e em que participaram Lula da Silva e eu próprio.
Sócrates, que vivia em França, quis então fazer o doutoramento. Mas muito ligado a Portugal, iniciou uma intervenção semanal na televisão, onde analisava e comentava a atualidade política nacional e internacional, que teve muito êxito.
Foi então que súbita e inexplicavelmente foi informado de que se voltasse a Portugal iria ser preso. No entanto, veio, certamente, como diz o povo, "porque quem não deve não teme".
À chegada foi preso sem saber porquê. E continua preso há cinco meses sem qualquer culpa formada. E tudo depende, ao que parece, do juiz Carlos Alexandre. A verdade é que nunca se conseguiu justificar a necessidade da prisão do ex-primeiro-ministro. Quem ganha com a prisão de Sócrates? E porquê? Que Justiça é esta?

Eu cá não sei que Justiça é esta, mas sei que as consequências podem manifestar-se de maneiras muito estranhas.
Continuemos a ler o que este sábio (por modéstia não coloco o nome, tentem adivinhar) nos ensina e avisa.


O mundo está cada vez pior. A natureza está a revoltar-se contra as agressões sobre a Terra que os mercados usurários lhe estão a causar.
O que se passou recentemente no Chile é um exemplo de grande gravidade. Mas não só no Chile, também agora no Nepal, com repercussões na Índia, China e Bangladesh, onde um sismo de grande proporções vitimou milhares de pessoas.
Não podemos ver estes factos como meros fenómenos naturais. Mas atenção, se não se agir contra, a Terra, a nossa Casa Comum, corre grandes riscos...

Nesta crónica, disponível no pasquim oficioso também fala, como sempre, no Padre Francisco.
Qualquer dia comunga.

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