Majid Al-Bahadli é o americano mais conhecido em
Portugal.
Nunca ouviu falar? Não faz mal.
O senhor Ricardo Lourenço correspondente nos EUA do
jornal Expresso foi até à convenção democrática no pavilhão Time Warner Arena
em Charlotte na Carolina do Norte que leva para cima de vinte mil pessoas e por
um fantástico milagre encontrou-o na audiência.
E teve sorte.
Numa primeira fase o americano estava revoltado porque “Jerusalém
pertence a judeus, cristãos e muçulmanos” e ele não gostou que Obama tivesse
decretado que era a capital de Israel.
Mas entre outras coisas o emocionado discurso de Michelle
explicando que o marido religiosamente “à noite lê as cartas que lhe enviam e
quando há uma história que o entristece ele sente a injustiça”, (coitado deve
ter muitos maus sonhos), acalmou-o.
Como íamos dizendo Majid Al-Bahadli emocionou-se e
chorando de alegria esquecia-se das anteriores críticas e não era para menos,
confessou “foi por isso que vim para a América, aqui podemos discordar mas
depois fica tudo bem, no Iraque era um nome e um boletim de voto, vivas a Obama”
gritando.
Foi lindo, no fim, segundo o senhor Ricardo Lourenço,
Obama foi aplaudido de pé, pelos índios Sioux e Apache, o muçulmano Al-Bahadli,
o metodista Joe Hart e outros.
Chama-se a isto uma visão muito abrangente.
Até eu já estou a chorar.
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