13 Sept 2012

Vai fazer carreira

 
Majid Al-Bahadli é o americano mais conhecido em Portugal.
Nunca ouviu falar? Não faz mal.
O senhor Ricardo Lourenço correspondente nos EUA do jornal Expresso foi até à convenção democrática no pavilhão Time Warner Arena em Charlotte na Carolina do Norte que leva para cima de vinte mil pessoas e por um fantástico milagre encontrou-o na audiência.
E teve sorte.
Numa primeira fase o americano estava revoltado porque “Jerusalém pertence a judeus, cristãos e muçulmanos” e ele não gostou que Obama tivesse decretado que era a capital de Israel.
Mas entre outras coisas o emocionado discurso de Michelle explicando que o marido religiosamente “à noite lê as cartas que lhe enviam e quando há uma história que o entristece ele sente a injustiça”, (coitado deve ter muitos maus sonhos), acalmou-o.
Como íamos dizendo Majid Al-Bahadli emocionou-se e chorando de alegria esquecia-se das anteriores críticas e não era para menos, confessou “foi por isso que vim para a América, aqui podemos discordar mas depois fica tudo bem, no Iraque era um nome e um boletim de voto, vivas a Obama” gritando.
Foi lindo, no fim, segundo o senhor Ricardo Lourenço, Obama foi aplaudido de pé, pelos índios Sioux e Apache, o muçulmano Al-Bahadli, o metodista Joe Hart e outros.
Chama-se a isto uma visão muito abrangente.
Até eu já estou a chorar.

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