19 Sept 2012

Tanta raivinha



As imponentes manifestações que chamaram, às ruas de quarenta cidades portuguesas, um milhão de pessoas, possuem um significado que se não exprime, apenas, pela grandeza dos números.

 
Começa assim a amarga crónica do homem da Estrada da Luz, o famoso intelectual Baptista-Bastos.
Nesta frase há uma curiosidade.
Um número, uma ideia se repetida mil vezes e no caso do número se for uma cifra redonda que encha a boca, transforma-se numa verdade.
Ninguém sabe e claro que ninguém em seu juízo perfeito pode declarar que nas ruas de “quarenta cidades” tudo somado tenha estado um milhão de pessoas gritando contra o governo.
Do que vi nos telejornais houve duas manifestações uma em Lisboa outro no Porto e do resto o que mais retive foi um casal que se manifestou em Maputo.
O que encurtou o antigo lema “do Minho a Timor” para “do Porto a Maputo”.

Baptista-Bastos está desiludido.
Há mais de sessenta anos que ele quer o socialismo para Portugal mas Portugal não quer o socialismo.
E daí recorre a tudo para atingir os seus objectivos.
Nesta crónica, pasme-mos e o visado também deve ter ficado de boca aberta, elogia António Capucho um dos barões do PSD, o partido maldito.
Porque ele se vergou ao socialismo?
Não, porque ele ressabiado se atira ao primeiro-ministro e como sabemos o inimigo do meu inimigo meu amigo é.
Termina lastimando-se de que não há alternativa, a não ser que…
Todos sabemos o que o homem que vive tristonho numa casa da Câmara gasta e por isso quem quiser saber a fantástica conclusão pode ir aqui

2 comments:

Isabel Metello said...

Vamos recriar a célebre pergunta :) "onde estava você no dia 15 de Setembro?". Se alguém responder :) "olhe, em casa...", pronto, já é etiquetado como reaccionário! :)))

fado alexandrino. said...

Obrigado.
Esta criatura se um dia tivesse poder fazia a pergunta mas com uma arma encostada à cabeça do infeliz apanhado.