Devo um grande favor a Madame Lagarde a toda poderosa
dona do FMI.
Perguntada se não
lhe custava impor ao povo grego, sobretudo aos mais pobres, medidas de
austeridade que cortam em serviços fundamentais como a saúde, a assistência
social ou o apoio a idosos, a directora-geral não podia ser mais clara (nem
mais cínica): "Penso mais nas crianças que andam na escola, numa pequena
aldeia do Níger, que apenas têm duas horas de aulas por dia e partilham uma
cadeira por três...".
O Poeta Pina no
Jornal de Notícias
Ora eu sou exactamente o contrário.
Cada vez que me pedem um tijolo, um euro, uma bandeira ou
seja lá o que for para as criancinhas do Níger, de Mozambique ou aqui ao lado
dos Azores prefiro pensar que gostava antes de dar isso às criancinhas da
Brandoa, do Bairro do Aleixo ou da Cova da Moura.
Mas como estes não me deixam sequer entrar lá acabo por
não dar nada a ninguém.
E não fico com problemas de consciência nem de uns nem
dos outros.
Lembro-me desde há uns dias para cá das palavras que o novo
presidente de Timor disse na cara a Cavaco e que são mais ou menos estas "
o português será ensinado como língua estrangeira".
É muito bem feito.
Nunca aprendemos mesmo com belos pontapés no cú.
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