As duas queridas televisões privadas na Tugulândia são
muito engraçadas.
No programa da manhã é um fartote de risos. caras lindas,
boas notícias, música pimba, notícias da sociedade mais elevada com comentários
ainda mais elevados, festas e uma ou outra gaja boa.
Mas às 12:45 muda tudo.
É a hora do horror, do crime, da desgraça e
competem uma com a outra para ver qual apresenta o caso que mais sangue faça
escorrer do pequeno ecrã para dentro das domésticas que passam a ferro ou
ultimam o almoço na hora.
Hoje na SIC o dia estava fraco, não havia cadáver fresco.
Vai daí
apresentarem uma reportagem sobre aquele maluquinho de Évora que matou toda a
família mais os animais doméstico e que depois foi suicidado na cadeia o que frustrou
as queridas televisões que viam ali um maná.
Nada que perturbe um bom repórter. Ninguém quis falar
para a câmara e assim apenas tivemos direito a imagens da casa do carro e dos
jornais da época.
Não há problema.
No estúdio a Dona Júlia Pinheiro e o especialista em
crimes discorreram sobre o assunto.
O especialista tem sensações.
Tem sensação que houve coisas estranhas, tem a sensação
de que o médico legista estar doente é estranho tem a sensação de que o móbil
do crime foi outro.
Isto é sensacional.
Não perca dá todos os dias.
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