A Natureza muito bela e poética pode e por muitas vezes é
assustadora.
Um ciclone, um terramoto, uma inundação, uma simples e
grande trovoada são momentos que assustam por imprevisíveis, inconstantes e
quase sempre por resultados catastróficos.Quando essas forças avassaladoras explodem não lá fora mas dentro da cabeça de um de nós as consequências são ainda mais dramáticas.
É resumidamente a história deste homem e deste filme.
Casado com uma mulher que o estima com
um emprego absolutamente normal e numa vilória tipicamente americana a única
nota menos boa mas aceite é a filha que infelizmente é surda muda.
Emprego, casa, casa emprego com visitas adicionais à
igreja e ocasionais ao clube social da terra.Até que um dia começa a ver a formação de uma tremenda tempestade e a partir daí concentra todas as suas energias em aumentar e fortificar um abrigo que tem no largo quintal da casa.
E de tal maneira se entrega à tarefa que acaba por perder o emprego.
Mas afinal estava tudo na sua cabeça, era esquizofrénico uma herança da Mãe que vive internada num asilo.
É absolutamente assustador acompanharmos a transformação
deste homem (quantos existirão passando por nós na rua) destruindo todos os equilíbrios
que existem numa família e numa sociedade.
As interpretações do trio central, pai, mãe e filha são irrepreensíveis.A não perder absolutamente.
Está por aí nos cinemas e aqui
Nota: O final é de tal maneira ambíguo que suscitou
dezenas de comentários no site especializado de cinema (IMDB).
(*) Fernando Pessoa
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