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19 Feb 2011
Em Dó Maior
Uma canção do grupo Deolinda está a fazer um sucesso planetário até vai patrocinar uma manif no dia 12 em Lisboa.
Já aqui se escreveu sobre a mesma mas parece-me oportuno fazer uma adenda.
A letras começa com:
Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Ora a mim incomodava-me imenso que trabalhasse que não me pagassem e que além disso achassem que era parvo, e claro que era mesmo.
Continua com:
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Nestes versinho que Camões não repudiaria está tudo explicado.
Que uma geração ache natural ficar em casa uma vez que tudo tem não é de admirar.
Eu se fosse um jovem e tivesse uns pais que me sustentassem, ia dar no duro para quê?
Bem falta pagar o carro.
Este sim um grande problema, a solução talvez possa ser sair menos à noite e poupar um pouco da mesada.
Resumindo, acho que eleger a canção como hino deste juventude define muito bem a mesma e no fundo está certíssimo.
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2 comments:
Antes este, porque o da tua geração, Fado, era o hino da Mocidade Portuguesa. E, depois, quando foste para o Ultramar, era o Angola é Nossa. Mais vale este, Fado.
Quem sou eu para o contrariar.
Leve a taça.
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