16 Jan 2011

Acabou a primeira parte do folhetim


A morte de um ser é sempre um triste momento mas quando é o resultado de um assassinato a tristeza extravasa da família para nos atingir a todos ao mostrar-nos como bárbaros são os humanos.
Nestes momentos o decoro é um bem absoluto.
Mas quando a família o perde e transforme num Vaudeville pindérico aquilo que devia ser íntimo apenas para satisfazer a ânsia do povinho e dos próprios todo o respeito vai pelo cano abaixo.

Os últimos cerimoniais (La Féria já deve estar a pensar no próximo espectáculo) da passagem por este mundo do cronista social foram francamente obscenos.
Desde a transmissão das duas-missas-duas até à chegada da limusina onde a chorosa irmã mais o distinto senhor transportavam as cinzas até ao momento em que graças à simpática ajuda de um meio-tuga polícia as puderam deitar por um qualquer bueiro abaixo para o telhado de um metropolitano o piroso tornou-se estrela real.
A estas horas já devem andar a flutuar entre o Bronx, Harlem e Tribeca.

Verdade se diga que o cronista nem de encomenda conseguia ter o seu Valhalla tão tipicamente tuga.