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A primeira leitura que se pode fazer é a ostentação do poder aqui personificada pelo Tribunal da Igreja que implacável e rodeado de todo um aparato cénico que tende a esmagar o individuo produz uma sentença que estava determinada de há muito.
As cenas do interrogatório, as faces dos juízes e da acusada enchendo o ecrã são uma lição de cinema e chegam a ser tormentosas ao vermos a aflição da condenada antes de o ser e ao mesmo tempo a implacabilidade daqueles príncipes da Igreja.
Este excepcional desempenho (de Maria Falconetti) foi classificado, numa apreciação claro está discutível, como a maior actuação de uma actriz.(*)
A segunda leitura , e talvez por isso o filme tenha sido banido, é que a heroína é aqui retratada como uma mística histérica parecendo estar sempre á beira de um êxtase.
O filme é mudo e nesta versão tem um soberbo acompanhamento musical de "Voices of Light" Written by Richard Einhorn".
Filme
Joana d'Arc
Grandes actuações (*)
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