18 May 2008

A Queima das Ratas



Uma garota, enfim uma mulher, completamente emborrachada reclama que foi violada por um colega ainda mais emborrachado na Queima das Gatas em Braga.
Estavam ambos em quase coma alcoólico e não se percebe como se conseguiram sequer ver um outro quanto mais encontrar a braguilha.
Ambos já meteram um advogado para tentar que o outro seja condenado em tribunal.

Do blog abnóxio retiramos a elucidativa fotografia que ilustrava o pavilhão destes universitários que um dia poderão estar a desempenhar um qualquer cargo em Portugal.
Como é que estas raparigas que se emborracham até cair para o chão que vão a um pavilhão onde o palavrão é rei querem ser tratadas como umas senhoras?
Dirão que a culpa é do macho.
Nada mais errado.
Quando as fêmeas adoptam o mesmo trato grosseiro destes machos estão à espera de quê?

É a lei da selva, e ali o mais fraco perde sempre

14 comments:

Anonymous said...

em Braga não é queima das gatas, mas enterro da gata.
é como aquela máxima: mudam as moscas, mas a ...
enfim Fado, não me diga que está preocupado? garanto-lhe que nem ela nem ele estão

fado alexandrino. said...

Sim estou preocupado.
Não consigo aceitar como é que esta juventude que nos vai governar desce a estas baixezas.
Colocam sexo em tudo, só vêm sexo e depois vêm queixar-se.
Estas festas de estudantes e respectivas praxes estão a tornar-se na maior imundice pensável.

Anonymous said...

Fadinho,

Devo dizer que "rata" cheira a misoginia. Ponha-se a cuidadosa bolinha vermelha e opte-se por termo mais vernáculo, mas mais sadio.

As praxes são horríveis. Baseiam-se na hierarquia saloia do velho provincianismo coimbrão (de estudantes de capa sebosa e guitarra e tricanas de cântarinha à cinta. Baseia-se no despotismo do que já lá anda, na subjugação do caloiro, obrigando-o às maiores sendeirices e indignidades.

Só que as tricanas, já estão nas Faculdades, até tocam guitarra e entram naquelas coisas das tunas.É óbvio que praxes do tempo em que a academia só tinha alunos e não alunas,têm que sofrer adaptações e regularizações, sobre pena de imprevisíveis promiscuidades, más interpretações de sinais e outros conflitos que possam surgir.
Horroriza ver hordas de quase adolescentes, nas nossas praças e jardins, a dizerem palermices em coro, com as mãos no chão, com barretes e outras parafernálias grotescas, e com dois pseudo-carrascos a dirigir a função.
É UM ESPECTÁCULO DEPRIMENTE.
Quanto ao alcoolismo é outro horror.
Sobre a alegada violação:
Muitas vezes, uns beijos, amaços e apalpanços mútuos, não querem dizer que a mulher ou rapariga queira ser penetrada. Este facto devia fazer parte da educação sexual dos rapazes. "No means no".

fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
Quando é que irá aparecer um movimento comandado por meia dúzia de raparigas que ponham termo a estas praxes imundas.
Caramba com tanta genica para tanta coisa não se percebe como é que gostam de ser humilhadas e reclamam tantos direitos na sociedade civil.

Anonymous said...

Desta vez discordo porque o Alexandrino não foi imparcial, lembre-se que o rapaz tava tão embriagado que não se recorda de nada, mas recorda com precisão o facto da miuda estar bebada, e descreve a conduta da rapariga com todos os promenores, que aparetemente até indiciam uma sedução ao próprio, mas depois disso não lembra mais nada, nem se a violou, nem se fez sexo, nem se foi violada, nada, só por isso é um triste, ela bebada ao menos ainda tem memoria.

Anonymous said...

Ela ate pode ter ficado na barraca, ter dado uns incentivos, o que não dá direito ao futuro senhor doutor de insistir por muito bebado que esteja. Ela faz um testemunho só uma sociedade imparcial e atrasada o pôria em causa, sem saber mais promenores.

Depois Alexandrino acontece aqueles casos que falou há dias de violencia sobre mulheres, é que a sociedade consente e descredibiliza

Duca said...

Pois é, Fado, deixaram de existir Senhoras porque há muito que não existem Cavalheiros.

Cada um tem o que merece, não acha?

Anonymous said...

a duca disse tudo para um porco. porca e meia.

quanto às praxes, na maior parte dos casos, são horrorosas,

Anonymous said...

Fado,

Seria esse o caminho. Serem as jovens das Facs. a exigir anti-praxismo. Mas, não tenhamos ilusões. Com a necessária democratização do Ensino e o pulular de Cursos Superiores nas Privadas, estão na Universidade filhos e filhas de muita mãe e muito pai. Que querem ser "aceites" pelos colegas, mesmo à custa de javardices. A grande percentagem de moças, quer mas é "libertar-se" de uma vidinha familiar mesquinha e sem horizontes.É o país e a herança cultural que temos.
As juventudes partidárias só querem carneirismo militante e nem sonham em se meter nisso

fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
É realmente muito triste esta perda de valores.
A Duca sintetizou brilhantemente.
Que se há-de fazer...a banalização do sexo levou-nos a isto.

Anonymous said...

Desculpem, mas essa das "Senhoras" e "Cavalheiros" é um chavão arqueológico que já nada tem a ver com o Presente. As "Senhoras" não andavam de mini-saia, nem tomavam a pílula e muito menos estavam no mercado de trabalho e os "Cavalheiros" não usavam pircing nem mudavam fraldas aos bébés.

Trata-se muito simplesmente de EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA RESPONSÁVEL.

Anonymous said...

O que eu acho intrigante é como o machão mesmo embriagado conseguiu, usando a linguagem de Camões, pôr "o férreo cano erguido"... É que comigo, que em muitos anos apenas uma vez abusei dos copos, nessa noite o cano foi pouco férreo e ainda menos erguido...

Isabela Figueiredo said...

Desculpe, está completamente errado.
Ela tinha o direito de entrar fosse onde fosse e não ser violada. Não há lugares para estudantes masculinos e estudantes femininos. Ela tem o direito de ser tão reles como os colegas e isso não dá a ninguém o direito de a violar. Por favor, pense nisto. Não confundir. O que disse é grave.

fado alexandrino. said...

Muito obrigado Isabela.
O que eu disso e mantenho é que os comportamentos têm que ser medidos.
Quem brinca com o fogo queima-se.
Qualquer mulher sabe que autorizando por querer ou emborrachada um determinado tipo de comportamento não pode depois com um click fazer parar uma tempestade.
Será, infelizmente, um exemplo para outras e outros.