14 Aug 2007

Crónica só para machos


Os dois maiores cineastas portugueses, depois de O Velho (peço desculpa, mas deitei fora o papelinho com os nomes e agora não me recordo deles) começaram a fazer duas fitas.
E como são muito originais escolheram como tema as putas.
Bem, não são propriamente putas daquelas que andavam e ainda andam no Cais do Sodré a ganhar o pão com o suor do corpo, são putas finas, são as call girls, são as Carolinas Salgados.
E como uma boa publicidade nunca fez mal a ninguém, um jornal de referência e um semanário de referência publicam para pôr a malta a salivar, extractos do guião em folhetim.
Não vou escrever os nomes por duas razões, primeiro porque jornal de referência só há um e semanário de referência também só há um ( e neste caso é o outro, que foi aqui posto porque dá jeito ao texto) e segundo porque a publicidade paga-se e estes dois pertencem a uns fulanos que não dão nada a ninguém.
Vamos então ler um bocadinho de um, só para verem como isto vai colocar Hollywood em sentido:
Diz a senhora puta:

Estás ver aquele Lamborghini? É um dos sete que ele tem, um para cada dia da semana. Paga-me uma avença de 2,500 por mês só para eu estar disponível quando vem a Portugal, o que nunca aconteceria mais do que duas vezes por ano. 30,000 por duas fodas por ano. É o que tu ganhas num ano. O gajo tem vícios muito esquisitos, nem queiras saber. Mas por 2,500 euros por mês, quem é que se queixa?

Claro que ele não se fica, olha quem. E amanda-lhe logo resposta.
Ei-la:

Podes pensar que vais ter essa cara e esse corpo para sempre, mas não te esqueças que, a cada minuto que passa, nasce uma miúda mais nova e que é uma melhor foda.
Ès um cabrão (responde ela)


Meu Deus. Vai ser um sucesso, digo eu.
Pode ser, não é garantido que ainda se vejam as mamas (só para dar mais cor ao argumento) da Soraia Chaves.
Calma meu, não é preciso sair a correr para comprar bilhete.
Ainda está em rodagem.

Sobre a outra magnum opus o melhor é dar a palavra a quem sabe:

A noite tem destas coisas e, no calor do ambiente do alterne, há clientes que se excedem. Com a mão pousada na coxa de ‘Sofia’ (Margarida Vila-Nova), olhar malicioso, o ‘cliente’ (João Loy) vai enfurecer a ‘alternadeira’.

É sobre a vida da mulher que conquistou o Norte e depois conquistou o Sul, sempre com as mesmas armas, que não se gastam apenas vão ficando mais velhas, e isto remete-nos para a primeira película.

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