21 Apr 2007

censura, diz ele


O Doutor Miguel Gaspar é um dos maiores jornalistas vivos e, claro, escreve no Público.

Hoje mostra-se aterrado com a hipótese, infelizmente tornada realidade, de se mostrar ao povinho coisas que foram “difundidas sem qualquer restrição”.
É que para este senhor doutor jornalista “É necessário mostrar aquelas imagens acompanhando-as por palavras que o expliquem, que procurem traduzir psicologicamente o que elas representam e que criem uma almofada entre o espectador e aquele inquietante espectáculo de dor e ressentimento”.
É claro que agora há um problema e ele é, como certamente já adivinharam, de na “era do YouTube, esconder não vale a pena, seria o pior.”.
Para o doutor Miguel Gaspar há direitos e direitos e o jornalista tem direitos, pois então e entre eles o de “exercício responsável do jornalismo. O que conta é a maneira como se mostram as coisas, a pragmática comunicacional que escolhemos. Aí, sim, é onde as águas se separam.”

O doutor Miguel Gaspar e muitos outros migueis que por ai andam, cada vez se sentem mais incomodados com a possibilidade de as notícias chegaram ás pessoas sem serem filtradas por eles, que sendo os detentores da verdade, podem evitar que ideias erradas chegam ás mentes que não estão preparadas para elas.

Era assim que Salazar pensava.

Nota: A crónica é sobre o vídeo que o assassino enviou a uma cadeia de televisão e que esta transmitiu sem pedir a opinião do doutor Miguel Gaspar.

1 comment:

zazie said...

tu estás tolinho com aqueles pedidos para o saneado regressar ao colectivo?

Não me digas que usas auréola