1 May 2015

Quadratura do círculo


b) O direito à informação deve ser salvaguardado, com respeito dos princípios de liberdade, independência e imparcialidade dos órgãos de comunicação social e dos jornalistas face a todas as forças políticas e a todas as candidaturas.
c) A cobertura jornalística da campanha eleitoral deve ter presente a ponderação entre o princípio da não discriminação das candidaturas e a autonomia e liberdade editorial e de programação dos órgãos de comunicação social.
d) Esta ponderação não deverá resultar na exclusão arbitrária ou na total ausência de atividades jornalísticas sobre uma determinada candidatura, durante o período de campanha eleitoral.

Suas Excelências, os senhores directores de jornais, televisões e rádios tugas reuniram-se e produziram um "documento" para balizar a cobertura jornalística das eleições, revogando a Lei do defunto Gonçalves.
Ora aí está obra fina.
Independência e imparcialidade aliada a ponderação e não descriminação, são como todos sabemos, coisinhas em que a comunicação social navega com absoluta segurança, todos os dias para todos nós.
Alguém acredita que haja um jornal, uma televisão uma rádio que em Portugal tome partido por um candidato ou pelo partido que o apoia?
Claro que não.
E por isso não vai haver exclusão de ninguém.
A Joaninha Amaral Dias pode ter a certeza que o seu partido/ajuntamento/reunião familiar vai ter tempo de antena, e vai debater as suas magnificas ideias com quem lhe aprouver.
O partido do Marinho & Pinto vai poder gritar a sua honestidade em todo o lado a todo o momento.
E sim, O Expresso não se excederá no apoio a Costa, o Público vai equilibrar em 50/50 o apoio ao Bloco de Esquerda e aos outros partidos e o DN, como sempre fez não apoiará o partido do ex-namorado da Câncio.

Gozaram com os três deputados e a lei que cozinham durante meses.
Com este arremedo de Lei, que daria total liberdade aos senhores directores, os pequenitotes ainda vão ter saudades da mesma.

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