25 Jan 2014

A realidade que tínhamos antes, em boa parte uma ilusão de prosperidade, essa realidade já não existe,

 

Study the past, if you would divine the future
Confucius
 
Provavelmente a frase do ano, e este ainda agora começou.
Maria Luís descende de uma ilustre linhagem, ela é aliás Maria Luis III.
A primeira, como o Papa Francisco, era apenas conhecida por Maria Luís e foi quem avisou que não era avisado começar a sonhar com o futuro quando o presente se baseava apenas no ouro do Brasil que servia a uns poucos que por sua vez o esbanjavam graciosamente.
Não a ouviram.
 
Muitos anos mais tarde a ilustre linhagem produziu a famosa mas detestada Maria Luís II.
Com muitos doutoramentos conseguidos através de um tal Boaventura Sousa Santos XIII (este desde o tempo dos cruzados que vivia à custa do OE) produziu tese académica onde indicava que a perda das colónias seria um rude golpe para um país que vendia trapos para as mesmas e de lá retirava tudo (e era mesmo tudo) deixando os pobres nativos a chorar juntamente com os iludidos e enganados colonos.
Não foi ouvida novamente até porque de repente, no dia 25 de Abril do Ano do Senhor de 1974 as portas do Céu abriram-se e começou a cair uma chuva de maná sobre todos (enfim sobre alguns).
 
Foi o tempo do FSE.
Não havia tempo para ouvir.
Quem parasse podia levar com uma betoneira em cima.
E como não há duas sem três também este maná acabou.
E agora estamos assim.
Sem ouro, sem colónias, sem doutoramentos, sem nada.
Como alguém disse “Sem tecto, entre ruínas”.
 
Os compositores deveriam escrever melodias que pudessem ser assobiadas por marçanos e motoristas
Sir Thomas Beecham

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