5 Mar 2012

Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira


Uma história quase banal.
Um casal em processo de divórcio.
O motivo é que aparentemente é muito estranho, ela quer ir para outro país e ele não quer porque isso implicaria deixar o pai doente com alzheimer. Há ainda a filha que está entregue ao pai.
Passa-se no Irão um dos muitos países deste século XXI onde não há liberdade para quase nada muito menos para ir respirar novos ares.
O homem para não deixar o pai abandonado vê-se na necessidade de contratar uma quase desconhecida para ficar a tomar conta dele.
E com isto desencadeia-se uma espiral de acontecimentos que com enganos, mentiras, ameaças, muito medo e tribunais populares levam todos ao desespero.

A atmosfera é brutalmente opressiva com as mulheres quais corvos gigantescos embrulhadas sempre naqueles panos negros.
Chega a ser ridícula a pose na cozinha com aquela parafernália a atrapalhar todos os movimentos e o cuidado extremo de não deixar cair o véu do cabelo.
Não se vai contar o filme mas há uma cena aterrorizadora.
Logo nos primeiros dias o pai urina-se pelas calças abaixo e a empregada aflita sabe o que deve fazer mas não o pode fazer.
E então telefona para o que se julga ser um qualquer Ministério da Garantia da Fé perguntando se é pecado mudar as calças ao velhote.
É assim que se vive numa boa parte do mundo.

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