Não aconteceu em Portugal.
Um dia um dirigente sindical desaparece e muito tempo depois não há nenhuma pista e a polícia e os magistrados estão completamente perdidos e expostos.
E então numa reunião decide-se que um determinado fulano, filho de um conhecido contrabandista e sobrinho de outro que tinha interesses directos na morte do sindicalista podia ser um bom suspeito.
Não havia provas mas isso não era problema.
Uma atrevida jornalista desejosa de protagonismo e crente na sua profissão (é esta última qualidade que mostra que não podia ser aqui)numa entrevista com um juiz, é deixada sozinha na sala com uma dossier que indica que havia suspeitas sobre o citado fulano.
E ela fabrica rapidamente uma história e no dia seguinte a primeira página do seu jornal explode com ela.
O pobre coitado bem tenta saber de onde vem a notícia mas o sagrado dever de silêncio dos jornalistas não o permite.
O primeiro efeito imediato é a falência porque o sindicato acredita mais no jornal do que nele e não deixa que ninguém trabalhe na sua empresa.
Havia uma pessoa que o podia ilibar mas para tal tinha que desvendar uma verdade terrível para ela.
Era a sua maior amiga e como tal não resiste a contá-la á jornalista pedindo-lhe que respeite a sua intimidade.
No dia seguinte a notícia está na primeira página com o nome dela.
Não se pode dizer mais nada.
Apenas que Paul Newman e Sally Field têm interpretações superlativas.
Não foi cá, como se diz, podia e pode vir a ser.
E até lhe pode acontecer a si, de um ou uma jornalista ninguém está a salvo.
Está aqui
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