Irreverente, solitário, incoerente, instável e anti-social, são apenas alguns dos adjectivos de Helder Cerqueira, enfant terrible da poesia portuguesa, a quem Miguel Esteves Cardoso classificou de «talento emergento» (KAPA, 1) e Luís Pacheco de «o melhor poeta vivo em Portugal» (mas já estava tocado). Recusa o rótulo de abjecionista, detesta o neo-realismo, adora Álvaro de Campos e Adília Lopes. Católico devoto, sem papas na língua, é peregrino habitual dos santuários marianos, e reza o terço diariamente. Manifestou-se contra o Aborto e contra o Acordo Ortográfico, é considerado pela Esquerda como um reaccionário e pela Direita como insuportável. Intimista e transparente, a sua poesia é, algo difícil, mas cortante e límpida, de um ritmo frenético, ao jeito do sensacionalismo, permeado por um incenso de classicismo épico. Recomenda-se vivamente. [P.C.R.]
Está aí a tal entrevista.
Foi há vinte anos, continua a publicar 1 Livro/Ano.
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