Luísa Botinas foi encarregada pelo Diário de Notícias de se deslocar à Câmara Municipal de Lisboa e descrever uma reunião do executivo para a qual convidou várias entidades com o objectivo de se pronunciarem sobre a anunciada obra de expansão do terminal de contentores de Alcântara.
Chegou, viu e escreveu.
O que é que ela viu?
Chegou, viu e escreveu.
O que é que ela viu?
A polémica era esperada. De um lado, a Administração do Porto de Lisboa, Comunidade Portuária, Liscont (concessionário do terminal) . Do outro, Miguel Sousa Tavares, a representar o movimento de cidadãos que se mobilizou contra esta obra por causa do alegado impacto visual do terminal, e os presidentes de junta de Alcântara e Prazeres.
António Costa quis recentrar a discussão. Questionou o presidente da APL sobre a alegada muralha de aço possíveis alternativas ao projecto. Manuel Frasquilho explicou que a expansão do terminal se vai fazer à custa de um novo terrapleno alinhado com o já existente e da demolição de edifícios da APL.
Não conseguiu ver a arruaça que trinta ou quarenta pessoas enquadradas pelo sindicato fizeram à porta, em espera a quem ia contraditar ideias feitas.
E claro que não conseguiu ver que Sousa Tavares para sair da reunião em pleno centro de Lisboa teve que pedir protecção policial.
Quando daqui a cem anos alguém ler a notícia que a doutora Luísa Botinas escreveu que verdade vai saber?
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