15 Oct 2008

Anjos e demónios


Desde que nascemos até que morremos,
como que percorremos uma espiral
que começou num ponto e vai, no fim,
acabar noutro bem mais adiante.
Quando a espiral acaba, caímos naquele abismo
onde a espiral começou: uns chamam-lhe nada,
outros chamam-lhe pó.

Lido aqui .

Numa pequena cidade num inverno áspero, as personagens são-nos apresentadas já com os seus pequenos e grandes dramas em andamento.
E nada os vai fazer parar.
Cada gesto, por mais pequeno é como uma pedra atirada a um lago.
Bate ali mas as ondas alargam-se até perder de vista.

É como no poema, parece que uma espiral invisível vai guiando as personagens de tropeção em tropeção, sempre a descer até ao final.
Há no entanto um pormenor curioso.
O filme termina com um elogio à vida.
E é verdade, a vida continua.

Imperdível.

4 comments:

lenor said...

Agora, quando estive de férias, comprei um perfume que escolhi só pelo nome (e que por acaso o aroma me fica bem): ange ou démon.
Acho que tem alguma coisa a ver com este post: o título.
:))) beijo.

fado alexandrino. said...

E qual é a parte do aroma que lhe fica bem?
;))

lenor said...

Como sou anjinho gosto da parte do aroma a demónio. Mas quem for demónio há-de gostar da outra parte.
:) (bom-dia, beijo)

Anonymous said...

então és um anjimónio :)