12 May 2008

Atirar sempre primeiro


Um agente da PSP armado com um mandado de busca e detenção entrou numa casa, gritou Polícia! e levou um tiro na cara que o deixou às portas da morte.
Claro que se tivesse dado primeiro um tiro de aviso, daqueles que acertam nos cornos do fulano que o queria matar, agora estava preso. Assim foi para o hospital donde virá a sair com problemas para toda a vida.
E quem era o fulano que atirou.
Leiam:

João foi detido por elementos da Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da PSP do Barreiro em 2003. Sentado no banco dos réus foi condenado a uma pena de prisão efectiva por tráfico de estupefacientes. Em Novembro passado, por bom comportamento, teve direito a uma saída precária da cadeia de Setúbal. O jovem cabo-verdiano, de 28 anos, nunca mais regressou à prisão.

Mas regressou à traficância pois “foi apanhado em flagrante delito na companhia de outro traficante, de 24 anos. Estavam dentro do carro, na avenida de Santa Maria, junto ao Tribunal do Barreiro, e foram surpreendidos com 201 gramas de cocaína em estado puro.”

O outro fulano foi descrito como “ um segundo homem que estava no apartamento do Miratejo, de 22 anos, entregou-se sem oferecer resistência e foi detido. A poucos metros de si, em cima de um móvel, tinha uma pistola 7,65mm. Durante a busca, os agentes apreenderam 64 mil euros, 40 mil dos quais guardados na gaveta de uma mesa. O segundo traficante tinha sido condenado a uma pena de dez anos, mas foi libertado por excesso de prisão preventiva à luz do novo Código Penal, tendo interposto recurso da decisão do Tribunal de Loures, (Amadora).

Ou seja dois perigos para a sociedade foram postos cá fora por causa das novas leis.
Espero, com alguma impaciência, que o próximo a levar um tiro nos queixos seja um daqueles que ajudaram a fazer estas leis.

Isto não se passou no Burundi.
Foi cá.

3 comments:

Diogo said...

Falsos «analistas militares» a soldo do Pentágono

Jon Stewart, do Daily Show, põe a nu a desinformação sobre o Iraque veiculada pelo Pentágono através dos «independentes» meios de comunicação americanos:

Jon Stewart: Olhem para estas adoráveis e bondosas ex-máquinas de matar. Os canais contrataram-nos para dar opiniões de especialistas acerca do esforço bélico do nosso país.

Especialista 1: Estamos a vencer a guerra contra o terrorismo.

Especialista 2: Esta é a força mais bem preparada que já tivemos.

Especialista 3: Esta é a melhor liderança que os militares já tiveram.

Especialista 4: Quando pergunto a amigos meus de longa data do exército, que não vão mentir-me sobre como estamos a sair-nos e se estamos a ganhar ou a perder, eles dizem que estamos a ganhar.

Jon Stewart: Pois parece que muitos destes ex-militares não eram assim tão «ex», trabalhando para empresas de armamento e do Pentágono. Enquanto os canais noticiosos lhes chamam «analistas militares», o Pentágono, em memorandos vindos a público há pouco tempo, referia-se a eles como «multiplicadores de mensagens».

Vídeo legendado em português

A Cartilha said...

Estamos bem entregues.

Um bom blogue, continue.

Anonymous said...

Estamos em portugal, nao se pode esperar mais do nosso sitema de Justiça.