Eric Kroll’s – Fetish Girls - Taschen
Luísa Mesquita, a mulher para quem uma assinatura não tem qualquer valor, deu uma entrevista ao Sol.
Não leu o livro de Zita Seabra, e não tem qualquer curiosidade de saber o que a mesma diz do partido das paredes de vidro. Aliás mal a conhece, mesmo tendo vivido no tal edifício anos a fio com a mesma.
Votou em Jerónimo de Sousa? O voto é secreto, responde.
A sua opinião sobre as outras expulsões foi qual? Dei-a internamente. Seria falta de ética falar sobre pessoas que estão noutros quadrantes.
É marxista-leninista? A minha intervenção nunca se sustentou em dogmas.
E a questão de liberdades na União Soviética? Fui em viagem de relações institucionais. Só vivendo lá seria possível ver isso.
E Cuba? Já estive, integrada numa delegação oficial, logo sem condições para me aperceber do quotidiano
Luísa Mesquita, a mulher para quem uma assinatura não tem qualquer valor, deu uma entrevista ao Sol.
Não leu o livro de Zita Seabra, e não tem qualquer curiosidade de saber o que a mesma diz do partido das paredes de vidro. Aliás mal a conhece, mesmo tendo vivido no tal edifício anos a fio com a mesma.
Votou em Jerónimo de Sousa? O voto é secreto, responde.
A sua opinião sobre as outras expulsões foi qual? Dei-a internamente. Seria falta de ética falar sobre pessoas que estão noutros quadrantes.
É marxista-leninista? A minha intervenção nunca se sustentou em dogmas.
E a questão de liberdades na União Soviética? Fui em viagem de relações institucionais. Só vivendo lá seria possível ver isso.
E Cuba? Já estive, integrada numa delegação oficial, logo sem condições para me aperceber do quotidiano
(Afinal a gente paga a estes inúteis para irem ao estrangeiro fazer o quê?)
Onde ela viu tudo foi na Guiné.
(Atenção Joaquim Furtado, pode ser que ajude a dar mais colorido).
O marido foi mobilizado. Conheceu de perto Spínola. Levou um livro proibido (A Mãe de Gorki) para a messe de oficiais. Conheceu as operações zero em que as nossas tropas entravam numa povoação e matavam toda a gente, homens, mulheres e crianças, bem como as galinhas e outros animais domésticos. Enquanto o marido andava aos tiros encontrava-se tranquilamente com os dirigentes do PAIGC. Houve um que lhe disse que era melhor regressar e ela assim fez em 1973.
Voltemos à Metrópole.
Era do PCP antes do 25 de Abril? Não, amiguei-me em Maio de 1974.
E antes? Aos 16 anos fui a uma fábrica às seis da manhã distribuir um jornal.
E agora? Agora sento-me ora numa ora noutra das cadeirinhas que estão vagas entre o grupo do PCP e o grupo do Bloco de Esquerda. Tenho direito a um minuto por cada iniciativa legislativa e vou aproveitá-lo
(Vai ser, seguramente um dos minutos mais caros do Parlamento, digo eu).
Os seus filhos são do PCP? Nenhum, são independentes.
Nota final.
Olhando as fotos da entrevista, julgo poder dizer que nunca corou.
De vergonha!
2 comments:
Subprodutos da sociedade que estamos a moldar e cujo único ideal é o bem-estar próprio. Gente que quando vê as coisas a ficar fuscas onde estão tratam de dar o salto pró quentinho, gente para quem a coerência, a credibilidade e o respeito são pormenores sem importância.
Nem mais, está tudo dito.
Post a Comment