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30 Dec 2007
27 Dec 2007
Alta Competição
José Leite Pereira embora director do Jornal de Notícias, anda muito, mas mesmo muito distraído.
Provavelmente entretido a magicar um qualquer artigo contra Rui Rio.
Hoje comentando mais um salto à vara escreve:
Este (o ex-presidente da CGD) quer ter consigo os seus e indigita um socialista, Armando Vara, funcionário do banco do Estado à data do 25 de Abril, e que neste intervalo de trinta e tal anos desempenhou cargos políticos, de deputado a secretário de Estado, terminando no actual: gestor - não criticado até anteontem - do banco do Estado.
Por aqui se vê que não lê jornais, mas felizmente Paulo Baldaia (talvez por estar em Lisboa) escreve no mesmo.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, assumiu como sua a "responsabilidade" de ter escolhido Vara para a Caixa, mas quando ele foi escolhido para a administração do maior banco português choveram pontos de interrogação e exclamação na imprensa portuguesa.
Ninguém percebeu a razão por que um ex-caixa de uma agência bancária, tendo o cartão rosa como principal ponto do seu currículo, chegou a administrador.
Cá temos um jornal que entre os seus jornalistas consegue dizer sim e não ao mesmo tempo.
Parabéns!
Provavelmente entretido a magicar um qualquer artigo contra Rui Rio.
Hoje comentando mais um salto à vara escreve:
Este (o ex-presidente da CGD) quer ter consigo os seus e indigita um socialista, Armando Vara, funcionário do banco do Estado à data do 25 de Abril, e que neste intervalo de trinta e tal anos desempenhou cargos políticos, de deputado a secretário de Estado, terminando no actual: gestor - não criticado até anteontem - do banco do Estado.
Por aqui se vê que não lê jornais, mas felizmente Paulo Baldaia (talvez por estar em Lisboa) escreve no mesmo.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, assumiu como sua a "responsabilidade" de ter escolhido Vara para a Caixa, mas quando ele foi escolhido para a administração do maior banco português choveram pontos de interrogação e exclamação na imprensa portuguesa.
Ninguém percebeu a razão por que um ex-caixa de uma agência bancária, tendo o cartão rosa como principal ponto do seu currículo, chegou a administrador.
Cá temos um jornal que entre os seus jornalistas consegue dizer sim e não ao mesmo tempo.
Parabéns!
26 Dec 2007
Mais 4
Na west (mas mesmo muito west) coast da Europa, dois adultos saem de uma festa de madrugada e levam três miúdas da família para irem completar a festa uns quilómetros mais adiante em casa de amigos e conhecidos. No regresso cerca das sete da manhã despistam-se quatro morrem e uma das miúdas fica gravemente ferida.
Não é preciso ser adivinho para acreditar que a negligência era patente. E o azar está mesmo ali ao lado. Os jornais acrescentam:
O sinistro ocorreu cerca das 7.30 horas, na zona do Barracão, freguesia das Colmeias, no IC2. Trata-se da via mais problemática do distrito onde, apenas este ano, quase meia centena de pessoas perderam a vida. A nível nacional, são já 15 as vítimas mortais registadas nas estradas, desde sexta-feira, dia do início da Operação Natal 2007.
Lê-se e não se acredita.
Numa estradita de algumas dezenas de quilómetros morrem num ano cinquenta pessoas e todos aqueles que têm poder para fazer algo mais, encolhem os ombros e dizem – é a vida!
Não venham para cá falar em velocidade excessiva ou manobras perigosas ou outras tretas do género.
Se as há e há, também há maneira de as evitar, modificando a via onde ocorre a carnificina.
Ou será preciso morrer o filho de alguém importante para virem logo a correr “tomar medidas”?
Não é preciso ser adivinho para acreditar que a negligência era patente. E o azar está mesmo ali ao lado. Os jornais acrescentam:
O sinistro ocorreu cerca das 7.30 horas, na zona do Barracão, freguesia das Colmeias, no IC2. Trata-se da via mais problemática do distrito onde, apenas este ano, quase meia centena de pessoas perderam a vida. A nível nacional, são já 15 as vítimas mortais registadas nas estradas, desde sexta-feira, dia do início da Operação Natal 2007.
Lê-se e não se acredita.
Numa estradita de algumas dezenas de quilómetros morrem num ano cinquenta pessoas e todos aqueles que têm poder para fazer algo mais, encolhem os ombros e dizem – é a vida!
Não venham para cá falar em velocidade excessiva ou manobras perigosas ou outras tretas do género.
Se as há e há, também há maneira de as evitar, modificando a via onde ocorre a carnificina.
Ou será preciso morrer o filho de alguém importante para virem logo a correr “tomar medidas”?
25 Dec 2007
Tussa, está morto.
Visto.
É um filme de Natal.
É um filme de Natal.
Ensina-nos que apesar de muita gente se queixar de Deus permitir atrocidades, Deus não fez isto, isto foi feito por nós (diz o herói)
Talvez uma parábola sobre os limites até onde devemos ir na procura de sermos deuses.
Num registo menos dramático, um apontamento sobre pormenores interessantes, revela que para ser feita uma filmagem na ponte de Brooklyn Bridge 14 agências governamentais tiveram que dar a sua aprovação.
Lá como cá e em todo o lado, burocrata é Rei.
Pode conferir tudo aqui .
Talvez uma parábola sobre os limites até onde devemos ir na procura de sermos deuses.
Num registo menos dramático, um apontamento sobre pormenores interessantes, revela que para ser feita uma filmagem na ponte de Brooklyn Bridge 14 agências governamentais tiveram que dar a sua aprovação.
Lá como cá e em todo o lado, burocrata é Rei.
Pode conferir tudo aqui .
22 Dec 2007
Ou há moralidade
Luís Pita Ameixa (não sabe quem é? eu, também não, mas assina-se como deputado) escreve hoje um apontamento sobre aquele problema de o Estado querer saber se um partido tem ou não pelo menos cinco mil pagantes militantes para poder continuar a figurar nas listas telefónicas.
Acho mal. Cá para mim desde que não custem dinheiro ao Estado, ou seja a mim indirectamente, quantos mais melhor.
Melhor folclore, mais colorido, mais discussões e menos hipóteses de haver painéis nas tevês a não ser que os fizessem no Campo Pequeno.
Ora o deputado também pensa que sim e que não.
Vamos ler:
E é errada a lei por duas razões. Desde logo, porque uma formação político-ideológica não se pode definir pela quantidade dos seus membros, mas sim pela defesa da sua doutrina. Haja quem professe um sistema teórico-político e deve a Democracia permitir-lhe expressão, organização e concorrência eleitoral.
Mas o problema é que foi almoçar e só depois continuou o artigo, e vai daí lembrou-se de que:
Ora, salvo melhor opinião, a lei deveria permitir toda a sorte de associações políticas (admitamos que haja restrição a certos tipos de professamento violento ou, no limite, antidemocrático).
E claro como deputado acha também:
A lei deveria, naturalmente, estabelecer parâmetros mínimos, mas muito abertos, para concorrência às eleições, em processos estritamente desenvolvidos em vista de cada acto eleitoral.
Que o pensamento do deputado seja este assim não é isso que nos deve preocupar. Afinal ele é apenas um entre muitos outros que passam, felizmente, sem qualquer relevância, pela Assembleia.
O que me intriga como pensamento é aquilo das restrições.
Por exemplo.
Fazer a saudação nazi é proibido porque o nazismo foi uma doutrina que causou a morte de milhões de pessoas e portanto esticar o braço pode ser perigoso e fazer mal à saúde. Acho bem,
Mas o comunismo também ocasionou (e continua a ocasionar) a morte de milhões de pessoas e atrocidades sem par, embora isto seja explicado em nome da libertação dos povos, que de tão libertados quase iam desaparecendo da face da terra.
Então porque é que se pode continuar a fechar o punho e cantar a Internacional?
Acho mal. Cá para mim desde que não custem dinheiro ao Estado, ou seja a mim indirectamente, quantos mais melhor.
Melhor folclore, mais colorido, mais discussões e menos hipóteses de haver painéis nas tevês a não ser que os fizessem no Campo Pequeno.
Ora o deputado também pensa que sim e que não.
Vamos ler:
E é errada a lei por duas razões. Desde logo, porque uma formação político-ideológica não se pode definir pela quantidade dos seus membros, mas sim pela defesa da sua doutrina. Haja quem professe um sistema teórico-político e deve a Democracia permitir-lhe expressão, organização e concorrência eleitoral.
Mas o problema é que foi almoçar e só depois continuou o artigo, e vai daí lembrou-se de que:
Ora, salvo melhor opinião, a lei deveria permitir toda a sorte de associações políticas (admitamos que haja restrição a certos tipos de professamento violento ou, no limite, antidemocrático).
E claro como deputado acha também:
A lei deveria, naturalmente, estabelecer parâmetros mínimos, mas muito abertos, para concorrência às eleições, em processos estritamente desenvolvidos em vista de cada acto eleitoral.
Que o pensamento do deputado seja este assim não é isso que nos deve preocupar. Afinal ele é apenas um entre muitos outros que passam, felizmente, sem qualquer relevância, pela Assembleia.
O que me intriga como pensamento é aquilo das restrições.
Por exemplo.
Fazer a saudação nazi é proibido porque o nazismo foi uma doutrina que causou a morte de milhões de pessoas e portanto esticar o braço pode ser perigoso e fazer mal à saúde. Acho bem,
Mas o comunismo também ocasionou (e continua a ocasionar) a morte de milhões de pessoas e atrocidades sem par, embora isto seja explicado em nome da libertação dos povos, que de tão libertados quase iam desaparecendo da face da terra.
Então porque é que se pode continuar a fechar o punho e cantar a Internacional?
19 Dec 2007
Adopte um também
Rui Tavares, quadro do Público, pode vir a adoptar um dos marroquinos que chegaram ao Allgarve.
Ele não gostou que lhes chamasse ilegais e por contraponto acha que são legais.
Ora se acha que são legais acha também que a lei que lhes chama ilegais é ilegal.
Ele dirá que não escreveu isto, só o pensou.
Eu sei que ele quando escreve o que escreve quer estar sempre do lado da lei mas aquele bichinho de esquerda que o morde por dentro nestes casos não deixa.
Ele não quer que lhes chamem ilegais e está com eles. Vamos a ver como é que vai passar das teorias aos factos.
Entretanto avança com uma ideia genial.
A imigração deixa de estar dependente do Ministério do Interior e passa para outro qualquer.
Pode passar para o Ministério da Economia porque precisamos de muitos ilegais para fazer o trabalho que os portugueses que estão no fundo de desemprego não querem fazer
E assim o ilegal deixava de o ser e passava a ser um bem, uma importação, digo eu.
Ele não gostou que lhes chamasse ilegais e por contraponto acha que são legais.
Ora se acha que são legais acha também que a lei que lhes chama ilegais é ilegal.
Ele dirá que não escreveu isto, só o pensou.
Eu sei que ele quando escreve o que escreve quer estar sempre do lado da lei mas aquele bichinho de esquerda que o morde por dentro nestes casos não deixa.
Ele não quer que lhes chamem ilegais e está com eles. Vamos a ver como é que vai passar das teorias aos factos.
Entretanto avança com uma ideia genial.
A imigração deixa de estar dependente do Ministério do Interior e passa para outro qualquer.
Pode passar para o Ministério da Economia porque precisamos de muitos ilegais para fazer o trabalho que os portugueses que estão no fundo de desemprego não querem fazer
E assim o ilegal deixava de o ser e passava a ser um bem, uma importação, digo eu.
18 Dec 2007
Ceci n'est pas un
Dez anos após o início das obras é inaugurado amanhã, finalmente, o último troço da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa, entre as estações de Baixa-Chiado e Santa Apolónia.
A inauguração das estações do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia, marcada para o meio-dia, estava prevista para sábado, mas foi antecipada para amanhã para permitir que o primeiro-ministro, José Sócrates, presida à cerimónia.
Esta notícia é tão insólita que provavelmente por isso apenas o Correio da Manhã a dá assim, completa.
Os outros jornais preferiram fazer uma operação de cosmética e ignoraram o facto de por Sua Excelência não poder estar entre nós no sábado milhares e milhares de pessoas puderam ter a sua vida um pouco mais simplificada.
Será que se ele se ausentasse de todo, passaríamos a viver melhor?
Porreiro, pá.
A inauguração das estações do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia, marcada para o meio-dia, estava prevista para sábado, mas foi antecipada para amanhã para permitir que o primeiro-ministro, José Sócrates, presida à cerimónia.
Esta notícia é tão insólita que provavelmente por isso apenas o Correio da Manhã a dá assim, completa.
Os outros jornais preferiram fazer uma operação de cosmética e ignoraram o facto de por Sua Excelência não poder estar entre nós no sábado milhares e milhares de pessoas puderam ter a sua vida um pouco mais simplificada.
Será que se ele se ausentasse de todo, passaríamos a viver melhor?
Porreiro, pá.
12 Dec 2007
Só visto
Fui ver.
Á entrada pediram-me seis euros e tenho a dizer que se fosse à saída não pagava.
A exposição segundo me pareceu, pretende mostrar algumas coisitas que os Romanov tinham, como viviam e quem eram.
Tem uma dezena de peças que mereçem uma maior atenção e uns quadros a óleo de dimensões gigantescas que os retratam em toda a sua glória.
Uma das particularidades que chamou a minha atenção foi o facto de inúmeros quadros serem de autor desconhecido.
Muitas das peças mostradas eram apenas dos czares e foram feitas no estrangeiro nomeadamente no que se refere às porcelanas.
Verdadeiramente tirando uma ou duas coisas que não envergonhavam estar no Museu de Arte Antiga não vi lá nada que me fizesse ficar tão embasbacado como algumas pessoas estavam.
Para ser mesmo sincero há lá algumas coisas que salvo o terem sido de um ou outro dos czares parecem terem vindo da quarta categoria do Hermitage, assim a modos, vamos lá mandar esta traquitana para fazer número.
Parece que se gastou um balúrdio a mandar vir esta exposição e atendendo à quantidade de guardas que guardam os tesouros o preço dos bilhetes não deve amortizar nada.
Ou esta Ministra dos Museus é parola ou deve julgar que nós o somos.
Nota Final: Um desdobrável que são quatro tiras de papel com a história deles custa sete euros e meio.
Á entrada pediram-me seis euros e tenho a dizer que se fosse à saída não pagava.
A exposição segundo me pareceu, pretende mostrar algumas coisitas que os Romanov tinham, como viviam e quem eram.
Tem uma dezena de peças que mereçem uma maior atenção e uns quadros a óleo de dimensões gigantescas que os retratam em toda a sua glória.
Uma das particularidades que chamou a minha atenção foi o facto de inúmeros quadros serem de autor desconhecido.
Muitas das peças mostradas eram apenas dos czares e foram feitas no estrangeiro nomeadamente no que se refere às porcelanas.
Verdadeiramente tirando uma ou duas coisas que não envergonhavam estar no Museu de Arte Antiga não vi lá nada que me fizesse ficar tão embasbacado como algumas pessoas estavam.
Para ser mesmo sincero há lá algumas coisas que salvo o terem sido de um ou outro dos czares parecem terem vindo da quarta categoria do Hermitage, assim a modos, vamos lá mandar esta traquitana para fazer número.
Parece que se gastou um balúrdio a mandar vir esta exposição e atendendo à quantidade de guardas que guardam os tesouros o preço dos bilhetes não deve amortizar nada.
Ou esta Ministra dos Museus é parola ou deve julgar que nós o somos.
Nota Final: Um desdobrável que são quatro tiras de papel com a história deles custa sete euros e meio.
10 Dec 2007
G(Ennio)
Recebido e visto hoje. Já tinha o CD.
Se ainda não comprou uma prenda para aquele ser que lhe aquece o coração, derreta uns euros e compre e ofereça este magnífico DVD. Satisfação a seguir (quase) garantida.
A música é absolutamente piramidal com momentos de uma elevação que, ó crentes, fazem pensar que a felicidade está ali mesmo ao virar da esquina, e não é que pode estar?
Peço que observem detalhadamente a concentração religiosa de um e todos os interpretes cada um envolvendo-se com o seu papel e aceitando o maestro que num golpe de génio extrai de cada um o seu melhor.
Parece poesia, e é mesmo.
Tem um adicional bem apelativo.
Se ainda não comprou uma prenda para aquele ser que lhe aquece o coração, derreta uns euros e compre e ofereça este magnífico DVD. Satisfação a seguir (quase) garantida.
A música é absolutamente piramidal com momentos de uma elevação que, ó crentes, fazem pensar que a felicidade está ali mesmo ao virar da esquina, e não é que pode estar?
Peço que observem detalhadamente a concentração religiosa de um e todos os interpretes cada um envolvendo-se com o seu papel e aceitando o maestro que num golpe de génio extrai de cada um o seu melhor.
Parece poesia, e é mesmo.
Tem um adicional bem apelativo.
Dulce Pontes tem duas interpretações de arrasar.
Vozes
Na última terça-feira, sem qualquer pena minha e sem me fazer qualquer falta para usando estórias fazer Histórias, não pude ver o episódio do Dr. Furtado.
À mesma hora desenrolava-se uma grande batalha nas estepes geladas da antiga Mãe Russa.
Foi ganha pelos lusitanos.
Soube posteriormente que mais um grande vulto tinha sido chamada a dar douta opinião.
Foi ele o ex-grande jornalista Rui Cartaxana.
Eu não sei se ele conhecia bem Moçambique, mas que em Moçambique era muito conhecido é um facto.
Entre outras coisas que irei tentar encontrar na arrecadação, deu origem a estes dois livrinhos.
9 Dec 2007
Mais um
Uma empresa de Viana do Castelo explora uma ligação rodoviária entre Andorra e aquela cidade.
Comprou um autocarro novinho em folha e iniciou mais uma viagem.
Contratou em regime de biscate um motorista reformado que nunca tinha feito aquele percurso e que obviamente não conhecia o autocarro.
Por um azar que também pode ser chamado por outros nomes numa curva bem traiçoeira o mesmo perdeu o controlo do autocarro e despenhou-se numa pequena ravina, matando-se e matando mais dois passageiros deixando ainda três feridos em estado crítico e os outros com diferentes mazelas todas elas bem preocupantes para o futuro.
Há nesta trágica notícia um espelho do que é este país.
Os biscates dos reformados, a ganância das empresas e finalmente a ignorância em que viajam estes infelizes que supõem estar a ser transportados nas melhores condições de segurança.
Aposto que há milhentas leis que deviam ter sido cumpridas e não foram.
Espero, sem esperança nenhuma, que os responsáveis sejam chamados a Tribunal.
Comprou um autocarro novinho em folha e iniciou mais uma viagem.
Contratou em regime de biscate um motorista reformado que nunca tinha feito aquele percurso e que obviamente não conhecia o autocarro.
Por um azar que também pode ser chamado por outros nomes numa curva bem traiçoeira o mesmo perdeu o controlo do autocarro e despenhou-se numa pequena ravina, matando-se e matando mais dois passageiros deixando ainda três feridos em estado crítico e os outros com diferentes mazelas todas elas bem preocupantes para o futuro.
Há nesta trágica notícia um espelho do que é este país.
Os biscates dos reformados, a ganância das empresas e finalmente a ignorância em que viajam estes infelizes que supõem estar a ser transportados nas melhores condições de segurança.
Aposto que há milhentas leis que deviam ter sido cumpridas e não foram.
Espero, sem esperança nenhuma, que os responsáveis sejam chamados a Tribunal.
8 Dec 2007
Assim é que ficava bem
O dono da Líbia, um assassino confesso, passeia-se por Lisboa com uma guarda pretoriana constituída por mulheres.
É autor de um livro que constitui um fenómeno mundial. Não é vendido mas já se fizeram milhões do mesmo e salvo aqueles que serviram para acender fogueiras lá no deserto desconfio que só é lido pelas soldadas enquanto esperam pela sua vez.
Outro dia convidarem o doidinho do Irão para uma palestra numa universidade americana e claro que não querendo ficar atrás e sendo certo que dentro do cortejo de corruptos, ladrões e assassínios que este fim-de-semana povoam Lisboa este é certamente um dos mais pitorescos exemplares, logo alguém teve a mesma ideia.
Chegou-se à frente a toda a pressa o Centro de História da Universidade de Lisboa.
E falou.
Ordenou que os "colonizadores" paguem uma indemnização aos "colonizados". "Se não, vai haver mais problemas, mais terrorismo.
Ora isto parecendo brincadeira é para levar a sério.
É bom que não se esqueça que foi este assassino que organizou e pagou o atentado contra o Jumbo da PanAm que matou centena e tal de inocentes.
Segundo as notícias esperava-se que o troglodita falasse sobre educação.
Uma esperança que de tão absurda nem se percebe como chegou a existir.
Em vez disso falou sobre 11 de Setembro nos EUA e afirmou que antes de condenar os ataques era preciso procurar as suas causas.
Ora esta é uma boa notícia.
Logo que volte a casa pode começar imediatamente a procurar.
O dono da Líbia por intermédio de um dos criados também adiantou que pode vir a gastar trilhões de euros com obras lá em casa.
Este facto, associado ao estar sentado em cima de reservas de petróleo faz com que todos os governantes que precisam de dinheiro o beijem na boca.
Acontece com muitos mais.
É com isto que temos que viver.
7 Dec 2007
Não veja se puder
Há um concurso na televisão estatal que se chama Sabe mais do que um miúdo de 10 anos?
Por motivos que não vêm ao caso tive que assistir a assistir a dois ou três dos últimos programas.
É deprimente.
De um lado uns garotos que devem saber respostas a questões que se ensinam na antiga instrução primária e do outro um adulto que tenta descobrir as mesmas respostas.
As matérias são variadas e lastimo não me lembrar dos nomes que na novalíngua agora se dá ao que antigamente se chamava o que eram.
Os adultos portam-se como aquilo que são e que as criancinhas virão a ser.
Ignorantes em matérias básicas e muito expeditos a saberem para que serve o contentor amarelo (embora depois não ponham lá nada).
À mesma pergunta feita de maneira inversa a dois adultos (em 1734 qual é o numero com maior (menor) peso relativo) causou um terramoto naquelas cabecinhas e a resposta foi uma palermice qualquer.
Ontem uma licenciada em História não conseguiu saber quais eram as três propriedades que a água não deve ter. Sabia as que devia ter mas não conseguiu descobrir que eram o inverso.
Eu acho que a ministra dos estudos, no pouco tempo que lhes sobra a gerir os milhares de funcionários que forram as centenas de direcções que compõem o ministério pode dar uma olhadela ao programa e ficar satisfeita com a linda obra que se vê.
Agora o que eu também vi e confesso fiquei surpreendido por o Bloco de Esquerda ainda não ter visto é que os garotos que dão ajuda ao adulto são todos caucasianos, vestem roupas de boa marca e tem todos ares de serem de famílias muito bem.
Por motivos que não vêm ao caso tive que assistir a assistir a dois ou três dos últimos programas.
É deprimente.
De um lado uns garotos que devem saber respostas a questões que se ensinam na antiga instrução primária e do outro um adulto que tenta descobrir as mesmas respostas.
As matérias são variadas e lastimo não me lembrar dos nomes que na novalíngua agora se dá ao que antigamente se chamava o que eram.
Os adultos portam-se como aquilo que são e que as criancinhas virão a ser.
Ignorantes em matérias básicas e muito expeditos a saberem para que serve o contentor amarelo (embora depois não ponham lá nada).
À mesma pergunta feita de maneira inversa a dois adultos (em 1734 qual é o numero com maior (menor) peso relativo) causou um terramoto naquelas cabecinhas e a resposta foi uma palermice qualquer.
Ontem uma licenciada em História não conseguiu saber quais eram as três propriedades que a água não deve ter. Sabia as que devia ter mas não conseguiu descobrir que eram o inverso.
Eu acho que a ministra dos estudos, no pouco tempo que lhes sobra a gerir os milhares de funcionários que forram as centenas de direcções que compõem o ministério pode dar uma olhadela ao programa e ficar satisfeita com a linda obra que se vê.
Agora o que eu também vi e confesso fiquei surpreendido por o Bloco de Esquerda ainda não ter visto é que os garotos que dão ajuda ao adulto são todos caucasianos, vestem roupas de boa marca e tem todos ares de serem de famílias muito bem.
Eu cá até acho bem, mas o Joaquim Furtado achará?
5 Dec 2007
Duas tolinhas
Uma senhora professora inglesa foi para o Sudão organizou um concurso com as criancinhas locais e deram a um urso de peluche aquele nome que não se pode escrever porque podemos ficar sem cabeça.
As senhoras autoridades souberam e depois de um julgamento com as tradicionais garantias que sempre há naquelas paragens resolveram dar-lhe 40 chibatadas nas nalgas.
Acho muito e muito bem.
Sempre pensei que estas
Pobres flores gonocócicas
Que à noite despetelais
As vossas pétalas tóxicas!
Pobres de vós, pensas, murchas
Orquídeas do despudor
Que nas terrinhas onde vivem eram incapazes de dar um tostão a um pobre ou de se comoveram com a desgraça dos compatriotas, quando vão todas lampeiras para o cú de judas, estão mesma a pedi-las.
Já aqui a Nini é simplesmente estupidamente loira e merece, e leva de certeza absoluta, também muitas palmadas no rabinho.
Benza-as Deus.
As senhoras autoridades souberam e depois de um julgamento com as tradicionais garantias que sempre há naquelas paragens resolveram dar-lhe 40 chibatadas nas nalgas.
Acho muito e muito bem.
Sempre pensei que estas
Pobres flores gonocócicas
Que à noite despetelais
As vossas pétalas tóxicas!
Pobres de vós, pensas, murchas
Orquídeas do despudor
Que nas terrinhas onde vivem eram incapazes de dar um tostão a um pobre ou de se comoveram com a desgraça dos compatriotas, quando vão todas lampeiras para o cú de judas, estão mesma a pedi-las.
Já aqui a Nini é simplesmente estupidamente loira e merece, e leva de certeza absoluta, também muitas palmadas no rabinho.
Benza-as Deus.
4 Dec 2007
Só bebo água
João Miguel Tavares é um dos maiores jornalistas vivos que por enquanto escreve no Diário de Notícias antes de se transferir, sei lá, para o Washington Post.
Hoje foi encarregado pela Panteras Cor Daquilo Que A Gente Sabe de escrever contra a publicidade da Tagus à sua miserável cerveja.
Vamos lê-lo:
Uma é desvalorizar a frase, criticar a ditadura do politicamente correcto e limpar a expressão com um tira-nódoas alegadamente democrático, que nos diz: mas se há um orgulho gay, porque é que não há-de haver um orgulho 'hetero'? É uma opção que demonstra que a estupidez é para todos e o bom-senso só para alguns.
Afinal o que é que aconteceu?
João ficou irritado deu um gritinho e não consegue explicar porque é que nas suas irritadas palavras isto é uma estupidez. João não bebe cerveja, só cocktails com aqueles sombreros espetados muito femininos e que sabem e cheiram todos ao mesmo.
É uma opção.
E claro que não têm álcool, pois este é muito perigoso e é por isso que João acredita que “Os responsáveis pela campanha publicitária da cerveja Tagus devem ter emborcado umas boas minis antes de sacarem das suas cabecinhas aquela ideia genial do "orgulho hetero".
João acha que há palavras que podem e não podem ser ditas. Se estiveram do lado certo, ou seja do lado do João, tudo bem, senão tudo mal. E qual é a palavra, ó crentes?
Pois está-se mesmo ver, é “orgulho”.
Ora cá está, nas suas doutas palavras:
Em segundo lugar, nestes casos o uso público da palavra "orgulho" tem uma forte conotação totalitária. Juntando um mais dois chega-se ao três: a utilização do conceito de "orgulho" por parte de uma maioria é sempre agressiva e discriminatória, porque inevitavelmente cai na exclusão do outro, do diferente. Daí o fascistóide "orgulho branco" e outros que tais.
Eu cá que tinha muito orgulho em ser do Benfica (sim, mesmo nas derrotas, seus sacanas) vou passar a usar outra palavra, não quero nada ser confundido com qualquer gay e muito menos com qualquer faxistas.
Pode ler tudo aqui
E claro que não têm álcool, pois este é muito perigoso e é por isso que João acredita que “Os responsáveis pela campanha publicitária da cerveja Tagus devem ter emborcado umas boas minis antes de sacarem das suas cabecinhas aquela ideia genial do "orgulho hetero".
João acha que há palavras que podem e não podem ser ditas. Se estiveram do lado certo, ou seja do lado do João, tudo bem, senão tudo mal. E qual é a palavra, ó crentes?
Pois está-se mesmo ver, é “orgulho”.
Ora cá está, nas suas doutas palavras:
Em segundo lugar, nestes casos o uso público da palavra "orgulho" tem uma forte conotação totalitária. Juntando um mais dois chega-se ao três: a utilização do conceito de "orgulho" por parte de uma maioria é sempre agressiva e discriminatória, porque inevitavelmente cai na exclusão do outro, do diferente. Daí o fascistóide "orgulho branco" e outros que tais.
Eu cá que tinha muito orgulho em ser do Benfica (sim, mesmo nas derrotas, seus sacanas) vou passar a usar outra palavra, não quero nada ser confundido com qualquer gay e muito menos com qualquer faxistas.
Pode ler tudo aqui
3 Dec 2007
1 Dec 2007
Vota Sim ou Sim
O grande romancista Miguel Sousa Tavares todos os dias nos surpreende com o enunciado de conceitos que, de tão simples, pareciam estar mesmo à vista de todos nós.
Mas não estavam, só estavam debaixo do seu clínico olho.
Hoje na sua crónica no expresso, abre a alma e conta-nos:
Na minha juventude, aconteceu-me trabalhar dois anos para o Estado, como consultor jurídico no gabinete do ministro da Educação….Mas, ao fim de um tempo, comecei a perceber como é que funcionava na prática o processo de decisão, ao nível do Estado…Os próprios destinatários das decisões nunca se conformavam, quando estas não satisfaziam as suas pretensões. ..E o “novo processo”, que eu já havia analisado e já fora decidido pelo ministro, aterrava-me outra vez em cima da mesa, obrigando-me a repetir o trabalho já feito.
Bem, não vale a pena estar para aqui a especular porque é que o cavaleiro mas límpido do torrão lusitano, aquele que vê iniquidades em todo o lado, demorou dois anos a perceber que estava a receber um salário que pagava uma produção igual a nada. Deve ser deste facto que o atormenta que ele, regularmente, atormenta todos os que são funcionários públicos.
O que interessa reter da sua crónica que é contra a regionalização, uma sua bandeira, é o seu conceito de eterno.
Escreve ele:
Vem isto a propósito do regresso à cena e ao discurso político dos apelos à regionalização. Para quem não se lembra, a regionalização foi derrotada por cerca de 65% dos portugueses consultados em referendo e, muito embora a votação tenha falhado por pouco a margem de 50% de votantes, que tornaria o referendo vinculativo para sempre, foi a mais participada de todas as consultas não-eleitorais. Tomara o Governo que um eventual referendo sobre a Constituição Europeia tivesse uma participação semelhante!
Veja-se este subtil discurso.
Num referendo em que, naturalmente, tomou posição, se a votação tivesse sido de acordo com os seus desejos o resultado era final, definitivo, eterno.
Não foi por não terem obtido o número mágico.
Ora Sousa Tavares, está desactualizado.
Nos referendos há muitas hipóteses de interpretar os resultados.
Por exemplo, neste último sobre o aborto, a votação do Sim não atingiu os patamares que eram necessários.
Não há problema.
O paizinho decide que vale o sim, sempre é melhor do que fazer referendo atrás de referendo até se atingir os números que o PCP e o Bloco de Esquerda queriam.
Obviamente que não passa pela cabeça de ninguém convocar outro referendo sobre o mesmo problema nos próximos cem anos.
Esta é uma ideia que o grande romancista apoia, de certeza absoluta.
Se está de acordo com os meus desejos, vale, se não está, faça-se outro e mais outro ou por outras palavras, se ganhei, deixemo-nos de falar sobre o assunto, ponto final.
Mas não estavam, só estavam debaixo do seu clínico olho.
Hoje na sua crónica no expresso, abre a alma e conta-nos:
Na minha juventude, aconteceu-me trabalhar dois anos para o Estado, como consultor jurídico no gabinete do ministro da Educação….Mas, ao fim de um tempo, comecei a perceber como é que funcionava na prática o processo de decisão, ao nível do Estado…Os próprios destinatários das decisões nunca se conformavam, quando estas não satisfaziam as suas pretensões. ..E o “novo processo”, que eu já havia analisado e já fora decidido pelo ministro, aterrava-me outra vez em cima da mesa, obrigando-me a repetir o trabalho já feito.
Bem, não vale a pena estar para aqui a especular porque é que o cavaleiro mas límpido do torrão lusitano, aquele que vê iniquidades em todo o lado, demorou dois anos a perceber que estava a receber um salário que pagava uma produção igual a nada. Deve ser deste facto que o atormenta que ele, regularmente, atormenta todos os que são funcionários públicos.
O que interessa reter da sua crónica que é contra a regionalização, uma sua bandeira, é o seu conceito de eterno.
Escreve ele:
Vem isto a propósito do regresso à cena e ao discurso político dos apelos à regionalização. Para quem não se lembra, a regionalização foi derrotada por cerca de 65% dos portugueses consultados em referendo e, muito embora a votação tenha falhado por pouco a margem de 50% de votantes, que tornaria o referendo vinculativo para sempre, foi a mais participada de todas as consultas não-eleitorais. Tomara o Governo que um eventual referendo sobre a Constituição Europeia tivesse uma participação semelhante!
Veja-se este subtil discurso.
Num referendo em que, naturalmente, tomou posição, se a votação tivesse sido de acordo com os seus desejos o resultado era final, definitivo, eterno.
Não foi por não terem obtido o número mágico.
Ora Sousa Tavares, está desactualizado.
Nos referendos há muitas hipóteses de interpretar os resultados.
Por exemplo, neste último sobre o aborto, a votação do Sim não atingiu os patamares que eram necessários.
Não há problema.
O paizinho decide que vale o sim, sempre é melhor do que fazer referendo atrás de referendo até se atingir os números que o PCP e o Bloco de Esquerda queriam.
Obviamente que não passa pela cabeça de ninguém convocar outro referendo sobre o mesmo problema nos próximos cem anos.
Esta é uma ideia que o grande romancista apoia, de certeza absoluta.
Se está de acordo com os meus desejos, vale, se não está, faça-se outro e mais outro ou por outras palavras, se ganhei, deixemo-nos de falar sobre o assunto, ponto final.
Para Marina
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