Fixe o nome e retenha a cara.
Se passar por este senhor na rua está a cruzar-se com um dos maiores pensadores portugueses, e também com um homem de vistas largas, mesmo muito largas.
Há 30 anos previu a III Guerra Não Mundial mas apenas Europeia que seria uma guerra nuclear limitada, isto é depois de as bombas terem caído, os resíduos espalhavam-se apenas pela Europa.
Modesto, acrescenta que não era ideia original, porque outros especialistas como ele, o admitiam em privado, para não assustarem as populações.
Por palavras suas :
Em 1985 publiquei um
livro sobre o risco de guerra nuclear limitada na Europa (Europa: o Risco do Futuro).
A decisão de o escrever foi tomada na Alemanha, no verão de 1983. Assisti a um
país determinado a defender a paz. Lembro--me de Oskar Lafontaine, presidente
do governo SPD do Sarre, propor que Bona saísse da NATO para quebrar o que
ficou conhecido como a "crise dos euromísseis". Todos os
especialistas que consultei me confessavam, em privado, ser inevitável, mais
tarde ou mais cedo, uma guerra central com armas nucleares.
Por acaso a previsão não se realizou, não tinha sido lida pelos senhores dirigentes da época e assim o livrinho tornou-se um bocadinho desajustado da realidade.
Nada que perturbe um pensador e trinta anos depois volta a destruir (em previsão) a Europa, pois como ele muito bem remata " Na verdade, a mesma liderança medíocre que vai arruinar a zona euro, talvez acabe por deixar mergulhar a Europa num mar de ferro e fogo. O milagre soviético não terá uma segunda edição russa.".
Claro que quem falha uma pode falhara duas ou até mais, mas à cautela já fui ao Continente (passe a publicidade) abastecer-me de algumas conservas e enlatados.
Obrigado, grande pensador.
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