31 Jan 2015

Consultório Sentimental

Tenho uma boa notícia para ti.
Fostes, és e vais continuar a ser cem por cento larilas.
Relaxa, bem relaxado já és naturalmente e portanto podes continuar a ter pride.
O outro problema é um bocadinho mais complicado.
Compreende, na tua condição há poucas variantes, se tiras logo, digamos, cinquenta por cento, corres o risco de ser menos amado.
Um perigo, ainda sufocas ao quereres ser útil.
Mas, graças aos prodigiosos conselhos da doutora Cláudia Machado de Castro, que escreve no mesmo jornal para onde mandaste o teu queixume, e que é consultora de Feng Shui, há uma hipótese.

30 Jan 2015

El pesetero

O candidato FIFA numa das suas últimas actividades de publicidade, no caso o pequeno-almoço com o detido 44.
E recolheu conselhos de como acabar com a corrupção.

27 Jan 2015

Os gregos vão-se ver gregos




 

Este post é só mentiras (*)



Canção que o 44 pediu no programa "Discos a Pedido" feito pelo Rádio Clube do Estabelecimento Penal de Évora.
Uma das populares que integrou o passeio turístico Covilhã - Estabelecimento Penal de Évora - Covilhã, preço doze euros incluindo coiratos, febras e vinho tinto, cantando a plenos pulmões a "Grândola , Vila Morena".
 

Palavras de Soares à despedida.

(*) Inspirado na vida do detido.

25 Jan 2015

Avant Garde

 

Um especialista em olhómetro

 
Gosto muito do papa Francisco. Está a provocar um choque ético no mundo. Mas também gosto muito da verdade. E as autoridades filipinas, dizendo para os media que estiveram sete milhões na missa em Manila, multiplicaram cada pessoa pelo menos por sete.Nas fotos não se vêem sete milhões, nem de perto nem de longe. E na TV seria impossível uma avaliação, pois as imagens que chegaram (da TV filipina?) são fracas, como é costume naquela zona do mundo. Na TV, nem se viam planos de conjunto da multidão.
Os publicitários são exagerados, porque podem. Mas o jornalismo tem de ser moderado. Como acreditou que estivessem sete milhões em Manila?

23 Jan 2015

Consultório Sentimental

 
Tenho boas notícias para ti, Paulo, a resposta é SIM.
Ora pega num papel e lápis e aponta.
30 e 31 de Fevereiro, 31 de Abril, 31 de Junho, 31 de Setembro e 31 de Novembro.
Dirás tu, mas só 6 dias!
Olha Paulo há quem dê e leve muito menos no ano e ande feliz, ou pelo menos habituado.
Habitua-te também, é melhor do que mudar fraldas às quatro da manhã.

21 Jan 2015

Este foi Charlie toda a vida

 


Baseado na versão do livro escrito pelo próprio, a história deste mortífero atirador contada por Clint Eastwood.
O filme não faz justiça nem a um nem a outro. e no entanto está nomeado para 6 Oscar.
Dada a composição do júri, levando em linha de conta o actual momento de guerra com o estado islâmico e a natural apetência dos americanos pelos tiros, deve levar uma estatueta pelo menos.
A história deste homem que ultrapassou dezenas de situações de altíssimo perigo e que foi assassinado cobardemente na sua própria e querida América, pode ser lida aqui .

18 Jan 2015

Ver para crer

Por uma ironia do destino, uma das minhas melhores amiga, encontra-se atacada por esta sinistra doença, a esclerose lateral amiotrófica.
Contrariamente a este homem (ajudado por esta grande mulher) dia após dia desiste de lutar.
É compreensível.
Este filme, ainda que com algumas liberdades poética, acompanha a vida deste cientista e a sua luta absolutamente titânica para diminuir o impacto da doença.
A seu lado, passo a passo numa abnegação total a dedicada mulher.
Depois há (na vida real) uns factos amorosos que o filme faz por esquecer.
A interpretação mereceu o seguinte comentário:

In an e-mail to director James Marsh about the portrayal by Eddie Redmayne, Stephen Hawking said there were certain points when he thought he was watching himself.

Não é preciso dizer mais nada.
Ele e ela estão aí.
Estreia brevemente em Janeiro.
Se puder não perca, vai sair deslumbrado, ainda para mais com toda a elegância inglesa e cuidado nos detalhes.
Está nomeado para 5 Oscar e já ganhou 2 Globos de Ouro.



Provavelmente vai ganhar pela interpretação masculina mas para isso:

Eddie Redmayne met with Stephen Hawking only once before filming. "In the three hours I spent with him, he said maybe eight sentences," recalls Redmayne. "I just didn't feel like I could ask him intimate things." Therefore, he found other ways to prepare for the role. He lost about 15 pounds and trained for four months with a dancer to learn how to control his body. He met with 40 ALS patients, kept a chart tracking the order in which Hawking's muscles declined, and stood in front of a mirror for hours on end, contorting his face. Lastly, he remained motionless and hunched over between takes, so much so that an osteopath told him he had altered the alignment of his spine. "I fear I'm a bit of a control freak," Redmayne admits. "I was obsessive. I'm not sure it was healthy."

O sucesso requer muito trabalho, foi assim que estes dois chegaram onde chegaram.

Maths for dummys


A vibrante jornada 2 da fase 3 da Taça da Liga teve oito jogos.
Os três grandes jogaram em casa e somaram 32,540 mil espectadores ou seja meio Estádio da Luz.
Os outros cinco jogos somaram 7596 espectadores sendo recordista um (nomes suprimidos por decoro) com 317 pagantes.
Houve 31 cartões amarelos e 3 vermelhos.
Das dezasseis equipas, dez ou não marcaram golo nenhum ou marcaram um.
Em adenda.
Hoje o Real Madrid, uma equipa que custa centenas de milhões, por compromissos publicitários jogou ao meio-dia (11:00 em Portugal).

Israelita, francês, cresceu em Marrocos ....

É, certamente, Charlie
Mediafire

15 Jan 2015

Um milagre francês

No mesmo dia, na mesma hora, no mesmo lugar, com (quase) as mesmas personagens, 4-manifestações-4 em Paris.
Estes franceses são malucos.



13 Jan 2015

Um cartesiano

Uma greve (na TAP) é sempre boa.
Quem tem bilhete e não pode voar, arranja um réveillon local e gasta cá o dinheiro que pensavas gastar lá fora.
Como é que ninguém ainda tinha pensado nisto?

(Clique sempre para ver melhor).

11 Jan 2015

C'est la France

 

 
As instalações de um jornal já tinham sido destruídas à bomba.
As ameaças eram diárias.
Como segurança tinha uma porta que se abria como as dos vulgares prédios com um código de quatro números que era sabido de todos, aberta a porta havia mais nada.
Lá dentro um polícia de segurança.
Havia uma rotina de reuniões.
Dois assassinos que nem sabiam bem onde era o local (perguntaram na rua a dois trabalhadores e mataram logo um), entraram e mataram quem muito bem lhes apeteceu.
Depois saíram percorreram meia Paris, tento ainda tempo de encontraram a polícia por três vezes, matarem mais um e desaparecerem, não sem antes abandonarem o primeiro carro com o bilhete de identidade de um deles lá dentro.
Só faltou deixar o número da segurança social.
Depois para não serem reconhecidos continuaram juntos e mascarados assaltaram uma bomba de gasolina e roubaram um automóvel.
Finalmente encurralados derem uma entrevista a um jornal e são finalmente abatidos com  a intervenção de milhares de agentes da autoridade incluído as elites mais elites da França.
Estavam amplamente referenciados como elementos perigosos, toda a agente que devia saber sabia que tinham estado na Síria e que pertenciam às forças mais extremistas que hoje por lá há.
Em paralelo outro assassino acompanhado da namorada/esposa matava uma polícia e depois assaltava um supermercado judaico onde se barricou até ser abatido não sem que antes matasse mais quatro inocentes.
Estava amplamente referenciado, ele e a namorada que todos julgavam estar no mesmo assalto mas que afinal parece (há neste caso muitos parece) estar desde há uns dia na Síria.
Toda esta trapalhada se fosse em filme era considerada uma manifesta falta de jeito do argumentista.
Mas aconteceu na vida real.
Hoje na manifestação "republicana" (outra excelente trapalhada em que os franceses se especializam) vão estar muitos dos que sem terem posta a cabeça a funcionar nos postos que ocupam, são moralmente responsáveis pelas cabeças que deixaram de pensar porque estão mortos.
Já deviam ter sido demitidos.
Seguem-se episódios descritos em inglês.

7 Jan 2015

Charlie Hebdo

Atreveram-se a satirizar aqueles de quem nem o nome se pode dizer.
Os outros jornais mui piedosamente falavam no assunto mas esquivavam-se a publicar os bonecos.
Agora todos são Charlie.
Já vão tarde.

3 Jan 2015

Yuri Daniel

 
 


“Alice” is the soundtrack for the film with the same title by young Portuguese director Marco Martins. A winter film demanded a winter music, and that’s what composer and jazz pianist Bernardo Sassetti conceived – the music of a cloudy, raining Lisbon, with people walking fast in the streets, under their umbrellas, hurrying to arrive home safe and dry. A solitary, melancholic, colour deprived Lisbon, the one you can’t find in postcards and where you can be lost.
[...]
A very simple melody is repeated with subtle variations, and when it seems to go somewhere, the theme is introduced again and the composition returns to the point of departure. A clarinet (Rui Rosa) symbolizes the voice of Alice and a double bass (Yuri Daniel) represents the city as a constant menace. We hear the sounds of the traffic, voices, unidentified noises, the rain, and above all the breathing of Alice’s father in his quest. This is indeed cinematic music, full of inner images, just like a bad dream, and the best work Bernardo Sassetti ever wrote and recorded for the big screen. Highly recommended. (Source: cleanfeed-records.com)

2 Jan 2015

Já foi a Évora?

Ainda não?
Imperdoável.
Olhe na foto um discreto amigo do prisioneiro esperando ser recebido.
Não se consegue ver o embrulhinho onde leva mais um livro para oferecer ao detido.
Por este andar qualquer dia a Biblioteca Nacional tem que abrir lá uma dependência.
O Correio da Manhã não sabe, mas eu sei que este senhor era a senha 2509 e que a data que começa a estar disponível dado o número de inscritos agora é meados de Agosto de 2015.
Apresse-se o vai ter que o visitar noutro lugar.
Como ajuda indicamos três livros que o preventivo ainda não recebeu. 
Faça uma boa escolha.

1 Jan 2015

2015


Desejo a todos vós que me dão a honra e prazer de passar por aqui, aos meus e a mim próprio o melhor que este Novo Ano tem para dar, sonhos.