21 Sept 2013

Sim, isto é mesmo uma palhaçada

Está quase a terminar a EINFEP (Época dos Incêndios Florestais em Portugal).

Se não viu, e é preciso ser cego para não ter visto um acontecimento a que as televisões dedicaram 20 a 30 minutos de noticiários diários com imagens do dia, do dia anterior e se for necessários de dois dias antes, não desespere.

Para o ano há mais e de certeza absoluta muito mais.

E porquê?

Porque a:
 

AGÊNCIA DE PREVENÇÂO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Constituída por:

Um coordenador, um gabinete técnico de apoio e um conselho de representantes onde estão representados a alto nível, o Ministério da Defesa Nacional, da Administração Interna, da Justiça, Da Agricultura e Desenvolvimento Rural, das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, da Ciência e do Ensino Superior e ainda a Associação Nacional de Municípios

Ainda não encontrou um gabinete suficientemente amplo para acomodar todas estas altas personalidades que entre as senhas de presença despejam copos de água que bem faltas faziam nos fogos.
 
Queira V. Exa. ver
aqui as suas superiores determinações.

E aqui declarações de 2004 de um dos EINFEP’s
"Temos muito pouca gente para a complexidade das tarefas que estão imputadas à agência", afirma Luciano Lourenço, em jeito de balanço dos seis primeiros meses de funcionamento da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais. O geógrafo quer colocar a noção de risco no centro da actividade de prevenção de fogos e defende o fim do período crítico (a antiga "época de fogos", calendarizada por lei entre 1 de Julho e 30 de Setembro).

"Agosto de 2004 foi paradigmático: um mês que tradicionalmente é crítico foi relativamente tranquilo. Tivemos accionado um dispositivo que corresponde a uma situação de risco excepcional, quando o risco era moderado ou reduzido e chovia", recorda, a propósito.

Luciano Lourenço deseja "um dispositivo que funcione ao longo do ano", porque cada vez mais há períodos ao longo do ano "que têm condições de risco semelhantes àquelas que ocorrem no Verão". Com o risco na base do processo, é possível "organizar o dispositivo de outra maneira de modo a rentabilizar o trabalho, que pode ser usado também na limpeza da floresta".

A divulgação diária do índice de risco de incêndio nesse período crítico é uma das competências da agência, mas o responsável admite que a APIF não está preparada para o divulgar, por falta de estatísticas e de recursos. "Quem centraliza esta informação no período crítico são os Centros de Prevenção e Detecção de Incêndios Florestais. Como não funcionam durante todo o ano, só quando eles forem activados" é que surgem os dados, disse, evidenciando as falhas do modelo sazonal.


Contudo, Luciano Lourenço é adepto de "divulgar tendências de índices para os dias seguintes", à semelhança do que fez a agência em Fevereiro e vai voltar a fazer em breve.

Queira V. Exa ver aqui um dos cem milhões de inúteis diplomas que a Assembleia da República & Outros aprovam para justificar o dinheiro que lhes pagamos


2 comments:

Táxi Pluvioso said...

Bem que precisava de um emprego assim, ou dentro de pouco nem para latas de atum tenho. boa semana

fado alexandrino. said...

Adiantei-me e tirei senha, é o número 1,237,006.