A Revista (um suplemento do Expresso) desta semana tem 84
páginas, das quais 4 são capas, 1 é o índice, 39 são de publicidade por vezes
mascarada de informação, 5 de fotos que ilustram artigos, 2 fotos do mesmo
género ocupam mais de 1 página, tem mais três colunas de publicidade que
somadas fazem uma página e mais ½ página com publicidade ( fly Emirates).
Temos pois que 61%, sem contar com as fotos avulsas
servem para nada a não ser compor as contas da empresa.Mas esta não foi uma revista qualquer.
O tema número um é uma entrevista a JRS.
Explica que o último Opus não é sobre Gulbenkian “nunca
usei o apelido e escrevi o nome de outra forma Kalouste” .
Explica ainda que na Tunísia viu logo o que ia acontecer “qual
democracia? Ali as pessoas não pensam pela própria cabeça, Islão quer dizer
submissão”.Agora explica como trabalha:
“Escrevi tudo de uma assentada e depois cortei ao meio (isto sou eu a brincar) porque ficava uma obra de 1100 páginas incomportável, e (outra vez eu a brincar) sempre é melhor vender dois volumes do que um.
“Escrevo até à hora do almoço e á tarde vou para a RTP. Nos dias de faculdade não escrevo. São 10 páginas por dia. Ao fim de 30 dias dá 300 páginas” e ao fim de 40 dias dá 400 páginas (sou eu novamente na brincadeira).
Portanto bem trabalhado pode fazer-se um romance por mês excepto em Fevereiro que só dá para uma novela.
Depois fala de Sousa Tavares e como a entrevista é dele,
aproveita para nos dizer que foi número um em França e na Bulgária e que até
mesmo Saramago daqui a “um milhão de anos ninguém vai saber quem ele é”.
Aqui discordo, a Dona Pilar está a fazer todos os
possíveis para que isso não aconteça.Depois discorre sobre a RTP mas não interessa, estamos a falar apenas do escritor.
Mas adianta que “são questões internas, o público não tem nada a ver com esse assunto (processo disciplinar, situação privilegiada, redução salarial). Não me vou pronunciar.
Mas eu vou.
Todos os jornalistas acham que todas as perguntas que fazem devem ser respondidas, mas nem todas as que lhes fazem merecem resposta.
É um axioma.
Na entrevista também se aborda, pela rama, o assunto do
boneco aqui colocado.
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