Outra portentosa obra de Mike Leigh.
Chega a ser exasperante como ele consegue arrancar interpretações tão humanas que por vezes nos apetece entrar dentro do filme e dar um belo safanão nalguns deles.
E assim consegue críticas espantosas de pessoas que nunca perceberam nada de cinema como segue:
I was really looking forward to seeing this film. I love thoughtful cinema, however the images of Ruth Sheen and the other old hags made me want to throw up.
I know brits are not known for their attractiveness (or dentistry) certainly you could have found two less hideous characters for the screen. If I wanted to watch trolls I'd rent Lord of the Rings.
A história é banal e por isso muito bem contada.I know brits are not known for their attractiveness (or dentistry) certainly you could have found two less hideous characters for the screen. If I wanted to watch trolls I'd rent Lord of the Rings.
Um casal que se dá excepcionalmente bem ao fim de quarenta anos de matrimónio cultiva uma pequeníssima quinta arrendada nos subúrbios de Londres e o filme (daí o título) atravessa as quatro estações.
Quem também atravessa mas no filme são uma série de personagens amigos do casal a maioria muito atormentada por azares de vida e de amor já na fase de descrença em que algo de bom possa vir a modificar o plano inclinado em que se sentem.
Valerá a penaMais um nascer de dia
na certeza ingrata
de pensar
que mais um dia
não é mais um tempo
que desfia o tempo
que falta acabar
Um dia é só uma fatia
da vida por abraçarViver é um verbo inconstante
Viver é nada esperarÉ quase um crime destacar aqui alguém mas Lesley Manville (no fotograma) arranca uma interpretação a roçar a histeria de uma divorciada azeda procurando desesperadamente ainda um pequeno carinho e que inconscientemente ao julgar tê-lo encontrado sofre mais um rombo no frágil casco do seu equilibrio.
Não percam.
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