22 May 2007

De longe vê-se desfocado


Meus queridos e infelizes colegas de vida em Lisboa.
Vai começar o Grande Fandango.
Marcadas que estão as eleições para Lisboa, vão começar as campanhas eleitorais.
Vai haver para todos os gostos e cores e isto não é piada ao senhor ministro de Estado que se dignou abrilhantar as mesmas.
A propósito sabiam que já há vinte anos uma Maya do Expresso que dá pelo nome de Teresa de Sousa tinha descoberto que “este miúdo vai ser o futuro líder do PS porque é inteligente, culto e pensa pela sua cabeça, é líder da JS e filho de Maria Antónia Palla” e isto é nos ensinado pelo senhor director do Sol que gosta imenso de contar conversas privadas.

Adiante.
Hoje um dos maiores lisboetas que sempre viveu e vive em Coimbra, o pai da maior (em volume) constituição de todo o Mundo, o Professor Universitário Doutor Vital Moreira, ex-comunista que se renovou no partido do governo vem dizer-nos porque é que estamos mal e espera que outro dê soluções.
Para o distinto escritor o parque automóvel (aumentado com a localização das empresas de leasing) representa uma fonte de receitas mas paralelamente há cada vez mais automóveis estacionados irregularmente, em passeios e praças. O trânsito atravanca e paralisa a circulação em cada vez mais artérias e durante cada vez mais tempo. Dificilmente se circula numa rua sem encontrar carros parados em segunda fila, a atrapalhar o trânsito. A proibição de ocupação das paragens dos transportes colectivos é infringida com notável irresponsabilidade cívica e depois descobre
que as entradas na cidade estão cada vez mais congestionadas.

Pois é de Coimbra deve ser difícil ver que o problema do trânsito em Lisboa não tem nada a ver com os lisboetas mas sim com as dezenas de milhar que vêm todos os dias trabalhar aqui e que contrariamente ao que pensa já não há praticamente um lugar onde se possa estacionar sem pagar.
De Coimbra pede-se que se ponha uma portagem nas entradas.
Concordo mas com uma fase de testes em que a mesma só se aplicaria a políticos.
Que venham a pé. É saudável.
O que de Coimbra se vê muito bem é que Lisboa precisa da Ota e vai já avisando a quem quiser atacar o senhor ministro por, obviamente não poder defender uma coisa agora e o seu contrário de imediato que provavelmente, esse vai ser mesmo um dos pontos fortes da campanha, como manobra de diversão populista.

Os amigos são para as ocasiões.
Pena não votar aqui.

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