5 Apr 2008

Zarolhos!


O contorcionismo que as pessoas fazem para defender o indefensável chega a ser patético, porque pateta já ele é.

Geert Wilders, no uso do direito de liberdade de expressão, colocou na net um filme de muito duvidoso gosto estético, em que pretende demonstrar que à base do Corão se fazem as maiores tropelias.
Este facto, por amplamente demonstrado, não precisava sequer de qualquer prova extra, mas a verdade é que para a leitora do Público Ana Gonçalves de Arrentela-Seixal, as coisas não são bem assim.

Ela acha que o filme “tem causado uma acentuada polémica que está longe de terminar com as condenações de países muçulmanos, da União Europeia ou da ONU”.
Da União Europeia da Onu? deram por isso? eu não!
Mas veja-se o cuidado com que ela fala de “condenações” e nunca das manifestações de ódio e proclamação de morte a quem fez ou pretenda fazer qualquer coisa de semelhante no futuro.

Claro que para ela “Vivemos em sociedades onde impera a liberdade de expressão, mas essa liberdade não justifica que tudo seja aceite de ânimo leve”.
Pois claro que não, até me palpita que ela gostava de viver numa sociedade onda a liberdade de expressão fosse determinada por ela.

Ela lá vai achando muito contrariada que “uma proibição do filme, embora o mesmo contenha ideias preconcebidas e extrapolações desnecessárias, não seria a melhor solução” mas enfim o que é que havemos de fazer e por isso “as consequências que a proliferação do filme pode desencadear, designadamente com recurso à violência, poderiam sustentar a tese que postula a não divulgação do filme”.
Bem aqui a estimada leitora já conseguiu vislumbrar muito desfocadamente que pode acontecer “violência”.
E entretanto deixou de ser tese e passou a ser realidade pois as ameaças feitas a toda a gente envolvida no filme e sua divulgação aconselharam as pessoas a retirá-lo


E mais uma vez o Ocidente se pôs de joelhos perante o Islão.
Há islamitas moderados?
Então porque é que não se fizeram ouvir a condenarem abertamente as posições destes extremistas.
Não os ouvi.
Então se calhar não há!

11 comments:

tonta said...

Tenho cá para mim que há pouco futebol para esses lados. No entanto, até num jogo pode ser pretexto para uma batalha. Era deixá-los! Quanto mais a religião, que deve estar nos nossos genes, já que somos seres pensantes, segundo dizem.

Anonymous said...

Nunca "entendi" muito bem a razão dos islâmicos, tão fidelíssimos aos seus costumes, e "fatwas", virem entupir o Ocidente tão "infiel" e "satânico". Ele são os turcos na Alemanha, os paquistaneses na Inglaterra, os magrebinos na França e por aí fora, a pintar a manta,ou melhor, o turbante Até cá, em Lisboa, se queixam em Obstetrícia,na Maternidade Alfredo da Costa, das guineenses jovens,(também da mesma crença) mutiladas sexualmente (com excisões, praticadas clandestinamente)que lá vão aparecendo ...sofrendo e pondo situações clínicas e de direitos humanos, revoltantes.

Se esse pessopal vem para o Ocidente, aproveitar a sociedade da abundância, devia ser mais moderado a exibir e praticar os seus ritos cruéis e arcaicos.
Como se arranjarão as raparigas que usam véu, nas aulas de ginástica ou de natação, em França?
Enfim, este é assunto para muita reflexão.
Cumps.

http://www.vidainvoluntaria.blogspot.com

Anonymous said...

"A religião está nos genes":esta "tonta" só diz alarvices.Que ignorante!

tonta said...

Genética da religião

Nos anos 60, a britânica Jane Goodall afirmou que algumas espécies podem ter a religiosidade gravada nos próprios genes. A pesquisadora ficou famosa ao estudar o comportamento de chimpanzés na Tanzânia. Numa de suas numerosas observações, descobriu que os macacos agiam de maneira nada usual diante de uma cachoeira, demonstrando o que ela batizou de senso místico e de reverência. "Alguns permaneciam sentados numa rocha em frente à queda d'água, como se estivessem encantados. Outros ficavam sob a queda d'água por mais de 50 minutos, quando normalmente nem gostavam de se molhar." Goodall concluiu que esse comportamento é um traço de religiosidade primitiva. E nós? Será que também nós humanos fomos "programados" para acreditar em Deus?

Aqui: http://66.102.9.104/search?q=cache:6BlQok5X-pgJ:www.genismo.com/religiaotexto39.htm+genes+religi%C3%A3o&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=4&gl=pt

Anonymous said...
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fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
Neste assunto o que mais me preocupa é verificar que há ocidentais e ainda por cima mulheres a defenderem estes trogloditas.

Anonymous said...

Por causa do post da Vanessa : só nesta semana mais duas Vanessas .
Fado , e se o efeito imitação suicidário também se aplica aqui?

E , gaita , não sei se reparou , mas faz confusão como ainda resta um português vivo posto que uns tantos milhares por ano morrem de ataque de coração , outros tantos milhares de cancro de colón , outros tantos milhares de cancro de pulmão , outros tantos milhares de cancro da mama , outros tantos milhares de cancro da prostata, e tal . Por ano , friso , e junto a baixissima taxa de natalidade.
Eu cá acho que já são milhares a mais. Sobretudo quando ao mesmo tempo dizem que há não sei quantos milhares que morrem de causa desconhecida.
Somos só 10 milhões de habitantes , certo? E que não se reproduzem de forma a renovar gerações , certo?
Mistério!!!Morrem mais do que aqueles que existem. Acho que ainda me vou dar ao trabalho de pesquisar a taxa de mortalidade e comparar com os milhares que morrem com as doenças que necessitam de meios de diagnóstico carissimos.

Anonymous said...

God! Já anda por aqui o acordo ortográfico a fanar os "pês"?
E quanto à "formatação" religiosa dos macacos, é hilariante. Para já é bom não confundir "misticismo" com "religião", que são coisas diferentes.
Informo que a minha gata Maria Tobias, também tem atitudes muito "místicas" diante da chuva e da trovoada. Estou, sinceramente, a pensar iniciar "trabalho de campo" acerca deste fenómeno.

Repensando bem, os Ocidentais também fizeram muita merda a "dilatar a fé cristã" e a "defender os lugares santos". ?or salguma coisa o querido Laden ainda nos chama "cruzados". Este epíteto é menos disparatado que a "religiosidade" dos macacos. Pois na história desta coisa chamada Terra, um ou dois milénios, não é grande coisa.
Boa semana.

tonta said...

A religião é uma maneira de exteriorizar o misticismo. E o que existe exterioriza-se sempre com maior ou menos evidência, mas exterioriza.
Fado, a vida é feita de defesas e acusações desde a altura do pecado original. (aposto que o anónimo vai gostar de ler isto para se rir mais um cadito.)

fado alexandrino. said...

Muito obrigado.
Voltarei a este assunto, tanto mais que os extremistas nunca nos darão descanso enquanto não nos converterem, seja de que maneira for.

Anonymous said...

a religiosidade nos macacos , Tonta , não pode ser aferida por olharem paradinhos para alguma coisa. Pode ser apenas que lhe dê prazer olhar a agua cair. Pessoalmente adoro olhar para uma lareira , sou capaz de admirar labaredas e calor horas a fio em noites frias e de forma alguma isso é religiosidade. A explicação mitica do que não se compreende é que parece see inata ao ser humano.