Curiosamente
O dia caminha comigo
de mão dada
conscientes
(eu e ele)
que entre as nossas mãos
existe nada
The spineless taxi driver, his mousy wife, their going-nowhere daughter, and their foul-mouthed defiant son will make you want to flush the whole family and be grateful for whatever situation you find yourself in. I have never seen such an emotionless cast of characters in any movie.
Quer o poema quer o apontamento crítico dizem praticamente tudo o que há a dizer sobre este portentoso filme, sem dúvida um dos mais depressivos que vi.
Acresce que no que toca à crítica (no site especializado de cinema o IMDB) a mesma é feita por uma pessoa que detestou o filme (aconselha todos a não o verem) e sem saber acaba por fazer a melhor publicidade a esta obra terminal.
Esta entrada tem dezenas de comentários que vale a pena ler.
Voltando ao assunto.
Há pouco a dizer e muito a ver.
O filme traça a vida de três famílias (enfim chamar família aqueles ajuntamento de pessoas é exagerado) que vivem num tristonho subúrbio de Londres.
Dos quatro filhos apenas um trabalha todos insultam os pais porque não podem insultar a própria nulidade perante a vida, numa das famílias não existe pai, uma das raparigas engravida, os homens fazem uns biscates como taxistas, uma das mulheres passa a ferro em casa a outra é caixa num supermercado.
É tudo muito triste, muito real.
O único momento para elas é quando se juntam no pub local para ouvirem e fazerem umas imitações de Tom Jones (não é esta a canção, mas esta é uma escolha pessoal)
Até que um dia um quase tragédia faz com que a deriva em que todos viviam aparente tomar um novo rumo.
Pode ser apenas uma ilusão é por isso que o cinema é um arte.
O diálogo que se passa na explosiva cena final está aí resumido.
We ain't got much...but we got each other...and that's enough.
But if you don't want me, we ain't got nothing. We ain't a family.
That's it.