30 Mar 2007

Exit

Nem todos os dias 13 são dias de azar.

Está a aquecer e ainda não é Verão


Uma votação, um cartaz e as forças vivas da Nação desatam aos gritos.
Sobre a votação já escreveram todos os senhores jornalistas e os senhores fazedores de opinião também já a deram.
Não tem importância, não representa nada, toca a assobiar para o lado e ala que se faz tarde que vem aí o Benfica-Sporting e se não houver assunto sempre se pode ir desencantar o problema da pequenina que foi roubada.

O problema agora foi o cartaz.
E para começar, tenho que dar os parabéns aos senhores que o plantaram ali. Com um custo de tostões tiveram direito a publicidade de milhões.
As televisões, os jornais e claro, aqueles senhores tão desocupados do seu tempo que de vez em quando passam pela Assembleia da República para picar o ponto olharam e falaram.
O primeiro a falar, na sua bela voz de barítono, um profissional da política a quem não se conhece outro cargo indignou-se.
Os outros indignaram-se também. A maioria também só vive daquilo.
Todos querem que seja proibido. Democraticamente.

E afinal o que diz o cartaz?
Portugal aos Portugueses. Basta de Imigração.
Parece normal.

Mas também podia lá estar, basta de subsídio de desemprego a quem não quer fazer nada, basta de indemnizações pornográficas aos gestores públicos, basta de derrapagens orçamentais, basta de milhares de carros do Estado para uso privado, basta de baixas fraudulentas, de sindicalistas eternos que já não sabem o que é trabalhar, basta de Otas’s de Tgv’s e de submarinos, basta de crimes de colarinho branco, de universidades que são lavandarias, de andarmos de beijinhos aos Palops e levar pontapés no cú dos mesmos, basta da falta de moral e ética dos nossos políticos e basta de centenas de imigrantes que se dedicam apenas e só ao roubo.

E por isso o cartaz é bem-vindo e os taxistas que pedem outro Salazar (como Ana Sá Lopes hoje descobriu, ela que não conhece a Carris) um dia vão encontrá-lo.
Ou então, teremos que nos barricar, para nos defendermos.

28 Mar 2007

1950


Nesse ano era Ted Smith o treinador da equipa nacional e nas eliminatórias para o campeonato do Mundo no Brasil, Portugal perdeu por 5-1 em Espanha, empatou em Lisboa por 2-2 e foi eliminado.

Palavras do treinador:

Há grande falta de aperfeiçoamento individual na maioria dos jogadores portugueses. Faltam a esta selecção elementos de classe internacional, mas os bons valores não surgem de geração espontânea, cultivam-se com treino metódico, muito treino - e a diferença que existe entre os portugueses e os espanhóis é a mesma que existe entre o profissionalismo e o falso amadorismo. Mas não posso alongar-me em minúcias e pormenores nem citar factos que possam redundar em prejuízo da minha posição perante o comité seleccionador. Tenho dois filhos e interessa-me assegurar-lhes a educação.

E mais à frente:

O erro maior - o erro indesculpável - foi a ordem de recuar para defender o resultado (Portugal esteve a ganhar por 2-1 e bastava ter ganho para forçar terceiro jogo) quando se impunha avolumar a escassa diferença que nos separava dos espanhóis.

Foi há cinquenta e sete anos.
No futebol algo mudou, no resto também. Para pior.

Nota. Citações e imagem de A Bola.

Maria Elisa Rogado Contente Domingues


A maior portuguesa viva deu uma entrevista ao semanário Sol sobre a doença que tanto a atormenta.
Não seus marotos, não é na que estão a pensar, até porque essa é uma salutar manifestação da mãe natura.
A sua doença só foi descoberta em 2002 pois antes tinha nomes que aqui não se podem publicar, pois este blog é lido por gente de muito bom nível social (ou de outra maneira eu nem aqui escrevia).
A sua doença é a célebre fibromialgia (somente disponível por catálogo e encomenda) e segunda a mesma é ainda vista como “uma doença da moda que não existe”.

Vamos então usar as sábias palavras da ex-adida cultural em London, ex-deputada, ex-actriz de cinema, ex-professora em Abrantes, ex-assessora da Gulbenkian, ex-funcionária da televisão portuguesa (ah! já voltou? não sabia, desculpem) em que explica os sintomas.

Diz ela (ou uma delas, porque nem todas sofrem do mesmo mal) que a doença ainda não é doença porque a lei diz que não se morre com aquilo.
Vamos agora aos sintomas, e até aposto que num instante vão descobrir que têm lá em casa um doente como ela.

Ora vejamos “de manhã para nos levantarmos é como ligar um carro a dez graus negativos, demoramos a aquecer”.
Muito doentes precisam de ajuda para tomar banho. Por isso não gostamos de ter actividades de manhã. As entidades patronais pensam que é preguiça.

Eu cá não penso, mas penso que pelo menos a Isabel Angelino, a Merche Romero, a Pimpinha Jardim et Outras, podiam muito bem de vez em quando ter esta doença e chamarem quem sabe da poda, eu claro, para lhes dar o banhinho.

E, como em todas as doenças, pode sempre piorar-se.
Nesta, então a recaída é terrível.

Diz a doente:

Muito médicos dizem que mudar de ambiente pode ser altamente positivo para um doente de fibromialgia. E eu sinto que piorei muito desde que voltei a Lisboa (tinha melhorado quando foi para London).

Minha querida, como eu a compreendo.
Também eu melhorava se desarvorasse daqui para fora.

26 Mar 2007

1,2,3 Volte outra vez
















Salazar ganhou ontem uma votação feita através de telefone ou telemóvel, para a eleição do maior português de todos os tempos.
Era um concurso televisivo.
Antes de entrar no assunto quero dizer-vos que ontem, durante o programa e como havia sido prometido, liguei cinco vezes para votar nele mesmo, e nunca fui autorizado a fazê-lo.
Ou a chamada era perdida ou dava rede sobrecarregada.
Isto não aconteceu com outros números.
Portanto, ele pode ter morrido, mas deixou cá bastantes sucessores habilitados a manobrar votações.

Sobre o dito concurso vamos assistir no imediato ao desvalorizar dos resultados (que era a brincar, que não tinha validade científica, que a maioria esclarecida não se dá ao trabalho destas patacoadas, que calhou mal porque na véspera Portugal ganhou à Bélgica e distraiu as pessoas, que têm feito muito sol, muito frio, tempo ameno, e como estamos em tempo de simplex, pode mesmo escolher o seu motivo).

Ora nada de mais errado.
Ignorar que trinta anos depois do golpe militar de Abril a votação esmagadora dos portugueses se centrou entre um ditador e um pró-ditador, atirando para um terceiro lugar um obscuro funcionários público e relegando para o caixote do lixo, dois poetas de nome universal ou heróis que abriram horizontes extraordinários ao Mundo devia dar que pensar a quem nos governa.

Bem podem começar a cuidar-se porque a razão principal desta votação é o desencanto que o povinho cada vez mais tem contra esta clique feita de cola UHU que nos governa se governa e cujas caras são as mesma de há trinta anos a esta parte.
Ora se o outro governou quarenta e nunca roubou, já aqui temos um ponto a seu favor e que o povinho tanto aprecia.

Esta votação não se pode repetir.
Nos próximos concursos o licenciado Nuno Santos, a licenciada Maria Elisa & Outros devem entregar estas escolhas a quem sabe:

Ao maior jornalista vivo o Doutor Joaquim Fidalgo.
Á maior romancista viva a Doutora Clara Ferreira Alves.
Ao maior especialista de sondagens o Doutor Oliveira e Costa.
A um sindicalista de reconhecida imparcialidade (esta é difícil tem que ser aos dados).
E claro, para garantir a isenção (não havia necessidade) mas é para evitar problemas com o Governo Civil, a Doutora Odete Santos como presidente do júri.

Assim, sim!

21 Mar 2007

Otários, somos nós


O ministro António Costa, muito irritado, mandou que um assessor enviasse um sms ao irmão, o senhor Doutor Ricardo Costa, que é uma pessoa muito importante naquela estação de televisão onde pulula a doutora maya e o mariconço de que agora não me lembra o nome.
E qual era a razão da irritação?

Pois coisa simples, estava a falar-se demasiado contra a Ota e é preciso calar o povinho mostrando-lhe um sereno debate.
Pá, junta aí quatro marmelos, todos da NAV ou da NAER, compra uns salgados e umas sumois e faz-me um programa, pela tua alminha, que isto assim ainda vai dar bronca.
E o familiar, bem mandado, assim fez.
Foi ontem.
O Doutor Balsemão, que até chegou a pertencer à Assembleia Nacional, deve ter suspirado de alívio.
Assim é que é bom.
Sem contraditório.

18 Mar 2007

Al-Garb


Uma espécie de ministro resolveu mudar o nome daquele pedacito de Portugal que está muito perto do Magreb.
It’s a great idea!
Dizem que é para vender melhor a imagem.
As forças vivas da Nação já estão todas aos pulos e aos berros a gritarem pela cabeça do cretino.
Numa sondagem no Correio da Manhã oitenta por cento dos que respondem também dizem que não.
Este, é o tal ministro que disse aquela frase na China.
È possível que ainda consiga dizer qualquer coisa mais disparatada.

Os jornais vão estar muito quietinhos perante a asneira.
Se fosse no tempo do Santa Ana já tinham assunto para semanas.
Agora os tempos são outros.
O do respeitinho.

17 Mar 2007

Tubarões em terra


Houve um problema.

O atingido recorreu ao Senhor Engenheiro Licencidado Sócrates.
Foi imediatamete resolvido porque “o aquicultor recebeu resposta do Ministério da Agricultura, remetendo para o do Ambiente, que, por sua vez, informa que se trata de assunto de competência da CCDRC. Esta contactou a Estradas de Portugal, "no sentido de serem concretizadas medidas de minimização dos efeitos", mas diz que a obra se situa em "área de jurisdição do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos. Adianta ainda que do alvará de licença à empresa construtora "constam responsabilidades atribuídas".

Leia a história que Kafka gostaria de ter escrito aqui

15 Mar 2007

Salomão, vai pensar.


As tugas endoideceram.

Uma delas, que já tinha duas filhas, foi roubar outra no berço para convencer o namorado que tinha sido pai e agora está na cadeia e as filhas entregues à sua sorte.
Outra que já tinha tido seis filhos e que não era militante do Bloco de Esquerda resolveu ter mais uma, quando duas das que já tinha tinham sido entregues por ela não as poder sustentar.
E, claro, a vida tem destas ironias foi esta mesmo que foi roubada e durante um ano viveu como uma princesa se compararmos com o destino que agora lhe está reservado.

O povo está revoltado e quer que a miúda seja entregue à verdadeira mãe e à pobreza.

Outra tuga desesperada por não poder ter filhos adquiriu com uns papeluchos uma miúda que era filha de uma brasileira e de um tuga que ela conhecia mal, pois só o tinha visto uma vez e estava de costas.
Depois como precisava de se legalizar precisava de um pai para a miúda e o tuga, coitado que só julgava ter passado uma boa noite, passou a ter um pesadelo.
Passou a ser pai e tanto gostou que quis sê-lo mesmo a sério.
Mas o senhor que tinha ficado com a miúda não alinhou e resolveu não entregar a miúda.
Agora está preso e a SIC tem um programa muito engraçado que no fim mostra a sua cara e o número de dias em que já está na cadeia.

O povo está revoltado e não quer que a miúda seja entregue à verdadeira mãe e à pobreza.

14 Mar 2007

Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona


Esta mulher casou com um senhor muito importante.
E esse senhor muito importante, conhece outros senhores ainda mais importantes e assim esta mulher, um dia acordou Ministra da Justiça.
Mas perguntarão vocês – não é preciso saber-se muito de um assunto para se chegar a ministro de uma pasta que trata desses assuntos?
Não.

E portanto, logo uns dias depois sonhou (e já se sabe que quando a mulher sonha, um construtor civil acorda) construir uma magnifica Cidade Judiciária ali para Caxias.
E não foi de modas.
Concurso aberto, adjudicação feita, obras começadas.
E logo, de mansinho, uma providência cautelar, pois parece que faltava uma montanha de coisas, para a coisa poder andar.
E prontos, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra deu razão a quem reclamou e agora o Estado ou seja todos nós vamos pagar à Teixeira Duarte 12,6 milhões de euros de indemnização.
Sim, sim leu bem quase treze milhões de euros ou seja quinquilhões de reformas dos velhinhos.
Entretanto para acalmarem a Teixeira Duarte prometeram-lhe as obras de ampliação do edifício-sede da PJ.


À Dona Cardona, que também ficou muito nervosa com todas aquelas trapalhadas que fez, os senhores importantes que estavam à data sentados e a dormitar em São Bento segundo nos informa a LUSA resolveram elogiar a nomeação de Celeste Cardona para a Caixa Geral de Depósitos, com o PSD a classificar a ex-ministra como "uma mais-valia" e o CDS a destacar o seu "currículo invejável". Uma nota do Ministério das Finanças anunciou que a ex-ministra da Justiça e actual deputada do CDS-PP, Celeste Cardona, vai integrar a partir de 01 de Outubro (2004)o conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

6 Mar 2007

Esta-se bem no campo


A esquerda portuguesa adora viver contos de fada e ter sonhos cor-de-rosa.
Além disso acredita piamente que há duas espécies de pessoas no mundo.
Os maus e eles e os que pensam como eles. Que claro são bons, solidários e só têm ideias geniais.
Foi por isso que foram em colorida romaria a Santa Comba Dão, para ensinarem aos parolos que por lá habitam que não estão autorizados a criar um museu onde parece que querem pôr umas quinquilharias que pertenceram ao “botas”.
Os papéis têm que vir a Lisboa para o Anacleto dar o seu doutorado parecer.
É claro que os habitantes do Portugal profundo, que não conhecem a meritória obra destes jovens apoiantes de Lenine e que ainda por cima nem sequer sabem que existe caviar, não gostaram da excursão e quase que os iam correndo à pedrada.
Ainda bem que não aconteceu nada de trágico, pois já estou a ver o nascimento de uma nova Catarina Eufémia vestida com roupa de marca.
Aguardam-se mais ideias fracturantes.